Foram encontradas na Paraíba cerca de 15 populações da espécie e Cebus flavius. A informação é do Centro de Proteção de Primatas Brasileiros, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. O CPB mantém projetos de inventário e mapeamento das áreas de ocorrência de populações selvagens. Desde março de 2006 já aconteceram cinco expedições que mapearam vários estados nordestinos. Até o final do ano deverão ser complementadas mais três expedições. Além de avistamentos na Paraíba, foi localizada uma população no Rio Grande do Norte, na RPPN da Mata da Estrela e mais duas populações em Pernambuco.
Segundo o biólogo Marcelo Marcelino, além do mapeamento dos Cebus flavius
ocorreram também mais dois projetos envolvendo esta espécie através do
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do CNPq. O
primeiro foi o Censo em dois fragmentos de Mata Atlântica, um na Associação
dos Plantadores de Cana da Paraíba (ASPLAN) e outro na RPPN Gargaú da Usina
Japungú, cujos dados já analisados demonstram que devam existir em torno de
100 animais.
As Expedições
Depois de traçadas as rotas de busca utilizando o Google Earth, a equipe se orientou através das informações de moradores, sendo apresentado pranchas com fotografias de diversos primatas, inclusive de espécies que não ocorrem na região, para aumentar o grau de confiabilidade. Outro método utilizado na pesquisa é o contato com latifúndios, como as usinas, buscando fragmentos já encontrados na propriedade.
Espécie Rara
Autoridades científicas reconhecem que a nova espécie de macaco-prego observada inicialmente na zona da mata pernambucana é, na verdade, a espécie descrita há 232 anos pelo naturalista alemão Johann Schreber.
(Envolverde/Ibama, 19/09/2007)