O Departamento de Vigilância Ambiental (DVA) vai ao Bairro Cristo Rei, em Cachoeira do Sul, nesta manhã, investigar as causas que levaram ratos a atacar uma família inteira enquanto dormia. O fato ocorreu na madrugada de domingo na Rua Esperanto e despertou a atenção dos moradores. A mãe e os três filhos menores dormiam no casebre de um cômodo só quando ratazanas ingressaram no local e morderam as crianças nas mãos e braços.
A dona-de-casa A.M.R., de 28 anos, despertou quando sentiu a mordida do animal em sua boca. Mesmo no escuro, ela disse ter acertado um tapa no bicho, arremessando-o para longe. “Ela pensou que se tratava de um gato ou coisa parecida”, relatou a mãe da vítima. Ao acender a luz, a dona-de-casa percebeu que se tratava de um enorme rato e desesperou-se ao ver a cama onde dormiam as duas filhas e o filho pequeno, de apenas um ano, toda ensangüentada.
Pela manhã, A. levou os menores ao plantão do SUS, onde relatou o caso. Segundo ela, o médico prescreveu um antitérmi-co e lhe mandou de volta para casa. Na segunda-feira, as crianças apresentaram febre alta, quando a avó dos menores, que é funcionária pública e trabalha em uma creche, decidiu acionar o Conselho Tutelar. As vítimas dos ratos foram encaminhadas ao Hospital de Caridade e Beneficência (HCB), onde foram atendidas.
NOÇÃO De acordo com a funcionária pública, a filha foi abandonada pelo companheiro num casebre da Rua Esperanto, que ela não fazia idéia como era. Aos prantos, a mulher disse que está acostumada a cuidar dos filhos dos outros, mas nem sequer tinha noção do que acontecia com seus netos, porque não gostava de se meter na vida da filha casada. Ontem, ela passou o dia monitorando a febre das crianças, conforme recomendou o médico.
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Jornal do Povo, 19/09/2007)