Lajeado - O que não faltou foram informações. O I Seminário A Informação Ambiental na Educação, realizado ontem na Univates, uniu o conhecimento de profissionais técnicos, professores e jornalistas sobre as diversas abordagens que tema tão importante ocupa na atualidade. A programação, promovida através do suplemento Meio Ambiente na Escola, do jornal O Informativo do Vale, foi de história a dicas para tornar o assunto mais atrativo em sala de aula. Acidentes ambientais, formas de preservação e o papel da imprensa na conscientização da sociedade, o saldo do conteúdo serve para multiplicar entre os jovens as reflexões realizadas por cinco pessoas. O evento foi acompanhado por professores e estudantes das três redes de ensino da região abrangidas pelo projeto.
O biólogo André Jasper, da Univates, abriu a programação pela manhã e surpreendeu alguns com suas explicações sobre o aquecimento global. "O fenômeno de aquecimento e esfriamento acontece há milhares de anos. A diferença é que nos últimos 200 anos estamos colocando o pé no acelerador", explica. Também professor, Jasper afirma que a ocorrência não representa problema em termos de biodiversidade, mas é risco à vida humana nos aspectos sociais e econômicos. Contribuem para o quadro a reprodução em massa da população, ocupação de florestas, geração de lixo e poluição. Segundo ele, uma das principais demandas deve vir com a escassez de energia, cada vez mais consumida e direta ou indiretamente de origem fóssil.
Quem participou do encontro acabou tendo uma aula com o professor de História Natural da Univates, Henrique Carlos Fensterseifer. Ele desenvolveu sua palestra com base em dicas de como tornar mais atrativos os temas de meio ambiente em sala de aula. Sugeriu aproveitamento de imagens de satélite, visitas a pontos estratégicos e saídas a campo para mostrar o que está nos livros. As alternativas foram repassadas tomando por referência a Bacia Hidrográfica do Taquari e a existência do Aqüífero Guarani, uma das maiores reservas de água doce do mundo. Fensterseifer lembra que é possível relacionar conteúdos gerais com cenários locais e familiares à maioria. É o caso da areia do deserto transformada em pedra grês, portadora de manancial de água pela capacidade de armazenamento da rocha.
O diretor-presidente da Rede Vale de Comunicação, Oswaldo Carlos van Leeuwen, destaca o mérito do projeto Meio Ambiente na Escola, que atinge além dos leitores diários um universo de 14 mil alunos de Ensino Médio. "Serve de suporte e complemento na educação ambiental e na formação de cidadãos ecologicamente conscientes."
SuplementoA ênfase aos assuntos de meio ambiente no jornal O Informativo Vale começou em 1999. No início desse ano o tema ganhou ainda mais espaço no conteúdo editorial por conta do suplemento Meio Ambiente na Escola, que visa contribuir com a comunidade escolar. Mensalmente são distribuídos de cem a 250 exemplares por estabelecimento de ensino da região. "Trabalhamos sob a ótica do enfoque jornalístico, comprometido com a ética que sempre pautou as ações da Rede Vale de Comunicação em seus 37 anos", declara a coordenadora do projeto, Miriam Volkmer Destefani. Durante o seminário também ocorreu o lançamento do concurso de redação e fotografia Minha Comunidade, o Meio Ambiente e Eu.
Entre as autoridades presentes ao evento esteve a titular da 3ª Coordenadoria Regional de Educação, Rosana Rührwein, representando a secretaria estadual; coordenador do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Univates, Raul Stoll; e a secretária de Educação de Lajeado, Rejane Ewald. O Meio Ambiente na Escola tem o patrocínio de Charrua, Olicenter, Certel, Conpasul, Bremil, Rissul e Univates.
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O Informativo do Vale, 19/09/2007)