A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) corrigiu ontem a notícia sobre a situação do projeto de aterro sanitário na cava da Mina do Iruí, em Cachoeira do Sul. Ao contrário do informado na semana passada, o pedido de licenciamento está indeferido desde o último dia 13 de agosto. A negativa ao licenciamento ambiental também é do conhecimento da Companhia Rio-grandense de Mineração (CRM), que se enganou na semana passada ao noticiar que seu pedido ainda estava tramitando.
Ontem, Édson Aguiar, engenheiro de minas e assessor de meio ambiente da CRM, reconheceu que o pedido foi indeferido, mas observou que provavelmente será feito um recurso para contornar o parecer da Fepam. O projeto de implantação de um aterro sanitário na Mina do Iruí está sendo trabalhado há pelo menos dois anos e poderia atender toda a região central do estado no tratamento de lixo. Na negativa ao pedido de licenciamento, a Fepam alega que o local é propício a infiltração de água, tanto que hoje está inundado. A cava da mina tem cerca de 30 metros de profundidade.
Toalha“Ainda não jogamos a toalha. Existe como drenar o local e impermeabilizar as paredes para evitar a infiltração de água e contaminação do solo”, destacou Édson Aguiar. A CRM ainda não tem previsão de quando irá recorrer.
ImportanteSe dependesse da Fepam e da CRM, a notícia errada sobre a situação do projeto da Mina do Iruí, publicada no Jornal do Povo do último final de semana, não seria corrigida. Quem percebeu o erro e alertou o jornal foi o secretário municipal de Obras, Hélio Mercadante, que também recebeu o comunicado de indeferimento da licença. Com base nas informações de Mercadante, a reportagem do JP fez novos questionamentos para a Fepam e CRM, que reconheceram o engano.
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Jornal do Povo, 19/09/2007)