(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
sustentabilidade
2007-09-19

Ao reduzir de 35% para 19,31%, entre 1993 e 2006, o percentual de pobres entre os brasileiros, no período de 1993 a 2006, o Brasil quase atingiu, em metade do tempo previsto, uma das Metas do Milênio fixadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) - a de reduzir a pobreza no mundo à metade em um prazo de 25 anos. A constatação é do coordenador do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcelo Neri. Os números fazem parte da pesquisa “Miséria, Desigualdade e Políticas de Renda: O Real do Lula”, que o Instituto de Economia da FGV divulga nesta quarta-feira (19/09).

Os oito objetivos foram lançados em 2000, durante a Cúpula do Milênio da Organização das Nações Unidas. Na ocasião, 189 países assumiram o compromisso de cumprir as metas. Uma delas é reduzir pela metade o número de pessoas que estão em situação de miséria. Para alcançá-lo, a meta estipulada para o período entre 1990 e 2015 é reduzir pela metade a proporção da população com renda inferior a um dólar PPC (paridade do poder de compra) por dia - indicador usado para eliminar a diferença de preços entre os países – em 2005, um dólar PPC por dia equivalia a R$ 40 por mês.

Em entrevista à Agência Brasil, o economista Marcelo Neri antecipou algumas das informações contidas na pesquisa, elaborada com base em micro-dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). O levantamento revela que, enquanto em 2006, o crescimento do Produto Interno Bruto do país (PIB) per capita cresceu 2,3%, a renda domiciliar per capita, calculada a partir da análise da Pnad pelo Centro de Politicas Sociais FGV, chegou a expandir 9,16%, “mais próximo a um crescimento chinês”, ressalta Neri.

“Olhando a distribuição de renda, os 50% mais pobres cresceram o seu bolo em 12% e os 10% mais ricos em 7,8%. Ou seja, o bolo cresceu para todos, mas com mais fermento entre os mais pobres. Quase atingimos a Meta do Milênio pela nossa linha de pobreza, que é uma linha alta, em metade do tempo do compromisso das metas de redução da pobreza fixado pela ONU para um prazo de 25 anos”, avaliou.

O levantamento do Ibre/FGV indica que a evolução da pobreza no Brasil dá saltos. “Ela caiu muito com a estabilização do Real - de 35% para 28% - depois ficou estagnada no patamar dos 28% nos sete anos seguinte - para depois viver, estes últimos três anos espetaculares em termos de redução de pobreza”, espanta-se o professor.

Neri destacou outro fator importante nesta redução da desigualdade no país. "Ela conjuga uma recuperação econômica cada vez mais forte, com uma constante redução da desigualdade que vem desde 2001, o que é uma combinação bastante rara nos dias de hoje e não acontece na América Latina como um todo, nas mesmas proporções. A continuidade desta forte redução da desigualdade no país já complementamos meia década (de 2001 a 2006) – isto é algo inédito nas series históricas brasileiras. Oito pontos percentuais da população deixaram de ser pobres neste intervalo de menos de oito anos”, ressalta.

O economista da FGV atribui a “significativa” redução da desigualdade no país a uma conjunção de fatores. Há, de um lado, um crescimento importante de políticas sociais focadas nos mais pobres, como o Bolsa Família e que é um programa que tem a capacidade de chegar nos mais pobres. Por outro, há a nossa carga tributária, que é grande, e que está dando a oportunidade de que o orçamento social brasileiro aloque recursos para os mais pobres”.

“Houve um reajuste forte do salário mínimo, que eu acho que tem efeito mais imediato sobre a pobreza - mas talvez gere um impacto menor do que o Bolsa Família”. Para o economista, houve também fortes e importantes reversões trabalhistas, que culminaram com a geração de 2,1 milhão de postos de trabalho formais - aliadas à recuperação de parte das perdas salariais do passado, verificada em 2006.

“Então, o que nos tranqüiliza um pouco é que não é só a renda transferida pelo estado que sustenta está distribuição, apesar dela desempenhar um papel importante - mas também renda gerada a partir do trabalho. Essa redução da pobreza e da desigualdade está lastreada em renda do trabalho, da previdência e do Bolsa Família. Emprego com aumento do salário é algo mais sustentável no longo prazo”, acredita.

(Por Nielmar de Oliveira, Agência Brasil, 18/09/2007) 
 


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -