Caxias do Sul - Problema enfrentado por moradores de várias ruas do Centro, o tamanho reduzido dos contêineres para depósito de lixo seletivo deve ser resolvido pela Companhia de Desenvolvimento de Caxias (Codeca). A empresa decidiu que nos pontos onde os recipientes amarelos se mostraram pequenos serão colocados outros, maiores e mais altos. Mas não há previsão de quando a troca será feita porque essa é uma decisão que custará à companhia pelo menos R$ 132 mil.
O diretor-presidente da Codeca, Adiló Angelo Didomênico, explica que uma comissão foi formada ontem para avaliar com calma a coleta de lixo nas 270 quadras onde o novo sistema foi implantado. O grupo irá analisar cada ponto de recolhimento por contêineres para indicar exatamente quais são os lugares onde estão ocorrendo problemas. Em algumas ruas, os resíduos são deixados na calçada, já que não há espaço no contêiner, que tem capacidade para armazenar 760 litros ou 0,76 metros cúbicos. Em muitos casos, segundo a Codeca, isso ocorre porque o lixo não é corretamente descartado (caixas de papel podem ser dobradas, isopor quebrado em pedaços menores e latas serem amassadas etc).
Por enquanto, a substituição é certa apenas no quadrilátero formado pelas ruas Pinheiro Machado, Sinimbu, Feijó Júnior e Andrade Neves. É, segundo levantamento da companhia, onde há mais lixo seletivo a ser descartado e também maior movimento de catadores.
- Como o contêiner amarelo é baixinho, alguns catadores esvaziam os sacos que retiram do orgânico dentro do seletivo para poder escolher o lixo. Isso, além de causar sobrecarga, está sujando o seletivo - explica Didomênico.
O diretor conta que, na semana passada, funcionários da Codeca encaminharam para o aterro o conteúdo de um contêiner amarelo inteiro, porque ele estava cheio de lixo orgânico. Ele explica que foram comprados recipientes baixos para o seletivo com o objetivo de facilitar a coleta, que é manual, mas ninguém imaginou que isso traria problemas.
Ainda não está definido como serão os contêineres novos. Mas eles devem ser parecidos com os que haviam na Avenida Júlio de Castilhos antes da implantação do novo sistema de coleta. Cada um deles deve custar entre R$ 1,1 mil e R$ 1,2 mil. Como serão necessários pelo menos 120, o investimento total será de no mínimo R$ 132 mil, mas pode ultrapassar os R$ 200 mil.
- A gente tem esperança de comprar os novos contêineres em um pregão, o que pode reduzir esse valor - afirma Didomênico.
(
Pioneiro, 18/09/2007)