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2007-09-18

As empresas europeias de energia acelaram a sua aposta nos combustíveis limpos e de eficiência energética. Esta é a conclusão de um novo relatório da PricewaterhouseCoopers, que adiantam que se registou, neste último ano, uma viragem acentuada na forma de pensar e agir em relação aos combustíveis limpos e à eficiência energética no contexto do sector energético.

O estudo analisa as opiniões da gestão de 114 empresas em 44 países e, este ano, revela uma completa alteração de entendimento quanto a temas como a eficiência energética, as renováveis e a energia nuclear que estão no topo das agendas dessas organizações.

«As utilities a nível mundial esperam que as eólicas e o nuclear providenciem uma quota crescente do consumo de energia nos seus mercados durante os próximos cinco anos. Em 2006, apenas 17 por cento e 19% dos inquiridos, respectivamente, apostavam nestas duas fontes de energia. Apenas 12 meses passados, aquelas fontes de energia foram mencionadas por 48% e 45% dos inquiridos, respectivamente. Outra das questões mencionadas, as alterações climáticas, parece ter consolidado a sua posição nas estratégias das utilities», afirmam.

Apesar disso, o relatório avisa que, sem enquadramentos globais, efectivos e consistentes, de regulação e de mercado, o progresso poderá ser limitado. O partner leader do sector de energia e utilities da PricewaterhouseCoopers Portugal, Luís Ferreira,, afirmou que: «É evidente que estamos a assistir a uma rápida e significativa mudança no pensamento e acção que rodeia as energias limpas, as renováveis e a eficiência energética¿de que Portugal é um exemplo concreto.

A grande questão é saber qual vai ser o ritmo e extensão de introdução destas alterações no mix energético. A existência de mensagens e incentivos económicos será fundamental para que as utilities possam dar o grande passo no sentido de uma mudança profunda. Por exemplo, terá de existir uma mensagem efectiva dos preços do carbono em todas as regiões envolvendo, principalmente, países com elevados níveis de emissão de CO2 e com um forte crescimento económico, como os Estados Unidos, a Índia e a China».

Nova era de eficiência energética
O estudo mostra um sector a acreditar que os avanços tecnológicos podem conduzir o mundo a uma nova era de eficiência energética. As expectativas quanto ao impacto positivo das tecnologias dispararam, registando-se um acréscimo de 22% para 81% entre os inquiridos americanos, de 33% para 43% entre os europeus e de 41% para 62% a nível global.

As empresas de utilities acreditam que os maiores ganhos de eficiência energética podem ser originados pelos consumidores finais¿indústrias, comércio e, especialmente, consumidores domésticos. Embora as empresas de energia considerem que os governos e os utilizadores finais devem liderar as iniciativas de eficiência energética, ainda assim estão prontas para investir na eficiência, não só da sua própria produção e distribuição, mas também para ajudar os seus clientes a consumirem energia de forma mais eficiente.
(Agencia Financeira, Editorial, 17/09/2007)


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