Os Estados Unidos vão remover nove toneladas de plutônio de reservas militares, quantidade suficiente para mais de mil bombas atômicas, como forma de demonstrar seu compromisso com a não-proliferação de armas de destruição em massa, informou o secretário de Energia dos EUA nesta segunda-feira.
O excesso de plutônio será retirado de armas nucleares que ficarão velhas nas próximas décadas e será transformado em combustível para reatores nucleares comerciais para fornecer eletricidade, disse Samuel Bodman durante um encontro da agência nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU).
- Enquanto os Estados Unidos continuarem a reduzir o tamanho dos estoques de armas nucleares, nós seremos capazes de utilizar ainda mais material nuclear ao mesmo tempo em que aumentamos a energia e a segurança nacional - disse ele em coletiva.
A decisão reflete um acordo entre os EUA e a Rússia, firmado em 2000, em que cada país se compromete a tornar inutilizáveis 34 toneladas de plutônio para a fabricação de armas nucleares, com a possibilidade de serem convertidos em uma fonte de energia civil à prova de proliferação.
No domingo, 16 países assinaram um pacto liderado pelos EUA para ajudar a atender a elevada demanda energética mundial nas próximas décadas por meio do desenvolvimento de uma tecnologia nuclear menos inclinada a desvios para a fabricação de bombas atômicas.
(
Reuters, 17/09/2007)