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dengue
2007-09-17
Uma construção abandonada, na região central da capital gaúcha, abriga um gigantesco reservatório de água parada nos dois andares subterrâneos. O local que serviria de garagem do prédio é hoje um foco de larvas do mosquito Aedes Aegypti, causador da dengue.

O "piscinão" localizado atrás dos tapumes da construção abandonada na esquina da rua Ramiro Barcelos com a Cabral (entre os bairros Bom Fim e Rio Branco) tem dimensões que se aproximam das exigidas em competições internacionais de natação. São cerca de 20m x 40m de área, e no mínimo, 4m de profundidade.

Acionada por moradores nos primeiros meses do ano, a Vigilância Sanitária verificou a existência de larvas do mosquito Aedes Aegypti , causador da dengue. "Um dia, vieram com uma picareta e um balde para tirar a água. Virou motivo de piada", relata Luiz Spinelli, proprietário de um mini-mercado que fica ao lado da obra.

A Vigilância Sanitária garante que está agindo para evitar a proliferação das larvas. "Fazemos um controle químico mensal que evita a proliferação", assegura o fiscal da Vigilância de Roedores e Vetores da Prefeitura, Luiz Felippe Kunz Jr. A vizinhança pede o esvaziamento imediato do local. O problema é que nenhuma das empresas envolvidas no empreendimento admite ser a proprietária do terreno. Sem saber de quem é o imóvel, a Vigilância Sanitária não pode remover a água do local. "A lei é clara: sendo uma área particular, a Prefeitura não pode intervir", justifica Kunz Jr.

O ideal seria fazer o esgotamento da água, como ocorreu há dois anos. Só que até hoje a Prefeitura não recebeu os quase R$ 5 mil pelo serviço. Um mistério envolve o nome do proprietário que deveria arcar com a despesa. Sem saber de quem é o terreno, a Vigilância Sanitária não pode remover a água do local.

Água parada
A obra está parada há mais de dez anos. Quando começou a ser construída, em 1995, a empresa responsável pelo projeto vendeu duas lojas no térreo para lojistas da região. Spinelli era um deles. "Estamos na justiça até hoje para reaver o dinheiro aplicado". O primeiro pavimento iria abrigar salas comerciais e os outros andares seriam ocupados com apartamentos. Ao todo, 11 pessoas reclamam devoluções na justiça.

Moradores já tentaram inúmeras soluções. Nem a imprensa atendeu ao chamado dos vizinhos. Os jornais Zero Hora e O Sul receberam a denúncia simultaneamente ao JÁ Bom Fim/Moinhos, mas não mandaram equipes de reportagem ao local.

Terra sem dono
Há pelo menos três empresas envolvidas no caso – TGD, Sirca e Efenge. Nenhuma afirma ter a posse do terreno. Em 2005, a TGD Engenharia – iniciais de Turkenich, Goldsztein e Dutra – contratou a Efenge para fazer a limpeza e esgotamento da água e concertar o tapume externo. "Nunca recebi o dinheiro e ainda tive duas bombas d'água roubadas do terreno", relata Edson Fontana, gerente da firma.

Fontana diz que deu continuidade ao serviço durante alguns meses "por puro senso comunitário". Por isso ele se molesta quando vizinhos da obra ligam para o escritório pedindo uma explicação para o abandono atual. "Sou tão vítima quanto eles", reclama Fontana também não sabe de quem é o terreno. "Fui atrás durante um tempo, mas concluí que aquilo ali não tem gerência de ninguém".

Na TGD – que contratou a Efenge – a engenheira Márcia Sirotsky Scaletscky disse que a empresa não tem ligação com o imóvel. "Essa informação está completamente errada, acho que deves pesquisar melhor", disse antes de desligar o telefone sem despedir-se.

A terceira empresa citada pelos moradores é a Sirca Investimentos Ltda, de Eduardo Camargo, que não foi encontrado pela reportagem. A telefonista da TGD afirmou que o escritório da incorporadora na Lucas de Oliveira representa o empreendedor em Porto Alegre.

(Por Naira Hofmeister, Jornal JÁ, 14/09/2007)

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