O diretor do Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Estado do RS, Francisco Antonio Zancan Paz, foi o segundo palestrante do seminário “O Papel do Judiciário frente às Mudanças Climáticas”, promovido na sexta-feira (14/09) pelo Centro de Estudos em parceria com o ECOJUS, a Ajuris e a Escola Superior da Magistratura.
Para Zancan Paz, já há conseqüências constatadas ou previstas das mudanças climáticas sobre a saúde do gaúcho. Ele defende a implantação de políticas públicas específicas para a questão do aquecimento global e as mudanças climáticas. O setor acompanha os possíveis prejuízos à saúde humana.
“Estamos considerando que haverá influência do clima sobre a criação dos insetos vetores de diversas doenças”, afirmou. Estamos construindo grandes espelhos d´água nas hidroelétricas que são criadores dos insetos da malária em potencial, afirmou. “Há doenças que não tínhamos no RS como as leishmanioses, com 700 espécies de vetores; a malária está prometendo voltar com as barragens e o calor – os casos que atendemos até agora ocorreram em pessoas vindas de outros lugares”, considerou.
Quanto ao mosquito que transmite a dengue, que prefere a área urbana, “não conseguiremos mais debelá-lo no Brasil, o que já conseguimos três vezes”. E advertiu que o problema do lixo é muito sério no Rio Grande do Sul.
(Por João Batista Santafé Aguiar, Ascom TJ-RS, 14/09/2007)