Equipes de bombeiros conseguiram controlar no domingo (16/09) o incêndio que estava queimando, desde a última quarta-feira (12/09), cerca de 40 hectares de Mata Atlântica no Parque Estadual dos Três Picos, em Teresópolis, no Rio de Janeiro.
Durante cinco dias, cerca de 30 homens, apoiados por dois aviões, combateram as chamas na área que já havia sido atingida por um incêndio em 2002, quando o parque foi criado, e estava sendo recuperada. Além de queimar a vegetação, o fogo destruiu ninhos de pássaros e causou a morte de roedores e cobras.
Segundo Flávio Luís de Castro, chefe da Divisão de Gestão de Unidades de Conservação do Instituto Estadual de Florestas (IEF), embora a área queimada seja pequena em relação ao tamanho do parque (46.350 hectares), a perda foi grande pois atingiu a flora que estava em fase de regeneração.
“A recuperação na Mata Atlântica é muito lenta e no momento que você está com cinco anos de regeneração, volta outro incêndio na mesma área. A gente não tem idéia de tempo, mas vai demorar agora. Cada vez que queima, há invasão de outras espécies que não são as nativas, então fica mais complicado de trazê-la para o original da Mata Atlântica”.
De acordo com Castro, embora não tenha sido concluída a perícia realizada no local, a maior probabilidade é de que o acidente tenha sido causado por velas acesas na beira da estrada em rituais religiosos. “As velas devem ter tombado, queimando uma área de capim e dali o fogo passou para a floresta”.
A previsão do gestor ambiental é de que o incêndio seja extinto até o fim da tarde de hoje. “Os pontos que ainda estão quentes, estão dentro da área queimada. Não tem mais nada encostado na área verde, então não tem mais o que queimar. Estamos fazendo um trabalho de resfriamento dessa área e até o final da tarde a gente consegue extinguir completamente o incêndio”, afirmou.
(Por Adriana Brendler, Agência Brasil, 16/09/2007)