A tese de doutorado da pesquisadora da UFRGS Vanina Heuser levantou uma curiosa constatação. A de que os animais que vivem à beira da RS-30 (Osório-Tramandaí) sofrem com os efeitos dos poluentes dos veículos, principalmente os pesados. Foi verificado que, do lado que sopra o tipo de vento mais comum no litoral, nordeste, os mamíferos, apresentam mais lesões celulares do que os que habitam do outro lado. - Observamos, nas fêmeas, lesões mais graves do que nos machos, afirma a pesquisadora. Isso se deve, segundo ela, à variabilidade hormonal que a fêmea possui. Devido a essa característica, as fêmeas tornam-se mais suscetíveis aos danos dos poluentes, predominantemente, dos hidrocarbonetos. Vanina Heuser utilizou como bioindicador uma espécie de roedor fosforial bastante comum no litoral, chamado tuco-tuco.