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Luta por barragens faz 50 anos: em 1957, uma reunião discutiu a necessidade de conter as enchentes do Itajaí-Açu
barragem2007-09-15
Há exatos 50 anos deste sábado, em 15 de setembro de 1957, a sede da Associação Comercial e Industrial de Blumenau era palco da reunião que iria afetar a vida de milhares de catarinenses nos anos seguintes. Promovida pela Associação de Imprensa e Rádio do Vale do Itajaí (Airvi), o encontro reuniu prefeitos dos municípios do Vale do Itajaí, jornalistas, radialistas, representantes de comunidade e o então governador do Estado, Jorge Lacerda. O objetivo: a procura de uma solução para os constantes problemas causados por enchentes em toda a região.
Um mês antes, o Vale havia sido vítima de um grande enchente, quando as águas subiram a 12,4 metros acima do nível normal. Todos os municípios da região foram atingidos, causando estragos e prejuízos incalculáveis e, mais uma vez, a população se via assustada perante a ação da natureza.
- Sabíamos que algo precisava ser feito. Estávamos falando de vidas humanas. O problema das inundações periódicas exigia providências no sentido de evitar, no futuro, a repetição de verdadeira calamidades públicas, como a que tinha ocorrido em agosto de 1957 - afirma o ex-deputado estadual Álvaro Correia, presente na reunião.
O encontro foi o primeiro passo rumo à construção das barragens no Rio Itajaí-Açu, como forma de proteger a comunidade do Vale do Itajaí contra as inundações. No entanto, até que as barragens estivessem prontas, seria um longo caminho.
Falta de manutenção compromete sistema de contenção de cheias
Somente sete anos depois, iniciavam as obras de construção da primeira barragem, no Rio Itajaí do Oeste, em Taió. Projetada para acumular 110 milhões de metros cúbicos, a barragem começaria a operar em 1973. Hoje, das três barragens do Vale, é a única que opera com 100% das comportas.
A segunda a ficar pronta, em 1975, a Barragem Sul, em Ituporanga, hoje tem duas das suas cinco comportas permanentemente fechadas. A obra mais importante, no entanto, seria concluída somente em 1988. Com a maior capacidade de armazenamento (357 milhões de metros cúbicos), a Barragem Norte, em José Boiteux, está inoperante, prejudicada pela falta de limpeza e comportas danificadas.
(Por RAFAEL WALTRICK, Jornal Santa Catarina, 15/09/2007)
Um mês antes, o Vale havia sido vítima de um grande enchente, quando as águas subiram a 12,4 metros acima do nível normal. Todos os municípios da região foram atingidos, causando estragos e prejuízos incalculáveis e, mais uma vez, a população se via assustada perante a ação da natureza.
- Sabíamos que algo precisava ser feito. Estávamos falando de vidas humanas. O problema das inundações periódicas exigia providências no sentido de evitar, no futuro, a repetição de verdadeira calamidades públicas, como a que tinha ocorrido em agosto de 1957 - afirma o ex-deputado estadual Álvaro Correia, presente na reunião.
O encontro foi o primeiro passo rumo à construção das barragens no Rio Itajaí-Açu, como forma de proteger a comunidade do Vale do Itajaí contra as inundações. No entanto, até que as barragens estivessem prontas, seria um longo caminho.
Falta de manutenção compromete sistema de contenção de cheias
Somente sete anos depois, iniciavam as obras de construção da primeira barragem, no Rio Itajaí do Oeste, em Taió. Projetada para acumular 110 milhões de metros cúbicos, a barragem começaria a operar em 1973. Hoje, das três barragens do Vale, é a única que opera com 100% das comportas.
A segunda a ficar pronta, em 1975, a Barragem Sul, em Ituporanga, hoje tem duas das suas cinco comportas permanentemente fechadas. A obra mais importante, no entanto, seria concluída somente em 1988. Com a maior capacidade de armazenamento (357 milhões de metros cúbicos), a Barragem Norte, em José Boiteux, está inoperante, prejudicada pela falta de limpeza e comportas danificadas.
(Por RAFAEL WALTRICK, Jornal Santa Catarina, 15/09/2007)
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