Dez representantes de comunidades indígenas de Chaco Salteño se encontram desde domingo (09/09) em Buenos Aires reclamando ser atendidos pelo Governo Nacional diante da constante violação de seus direitos que sofrem pelos avanços do desflorestamento na sua província.
Os dirigentes destacaram que têm denunciado reiteradamente às autoridades policiais, judiciais e à Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da província de Salta os constantes abusos que sofrem suas comunidades pelo avanço descontrolado do corte e do desmatamento em zonas de uso de suas comunidades, mas não têm recebido resposta alguma.
"Como conseqüência da destruição do monte em que vivemos, perdemos a base de nossa cultura e de nossa própria economia que depende do bosque, já que dali obtemos frutos, animais, mel, plantas medicinais, lenha, carbono, madeira para artesanatos e carpintaria. Os desmatamentos estão nos deixando sem trabalho e com fome", advertiram os representantes.
As comunidades denunciam que grande parte da matéria-prima que utilizam para realizar seus trabalhos de artesanato e carpintaria (pau santo, lapacho, cedro, alfarrobeira, guáiaco, pau branco) se vende freqüentemente ao estrangeiro - principalmente a Europa e China - quando não se converte em fogo como parte do processo de desmatamento.
Os representantes viajaram até Buenos Aires e afirmam que vão ficar até serem recebidos e escutados por funcionários nacionais e "obtenhamos alguma resposta à terrível situação que estão vivendo nossas comunidades".
(
Envolverde/Adital, 13/09/2007)