Com a intenção de incentivar o uso de bicicletas, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) está finalizando o Plano Diretor Cicloviário Integrado de Porto Alegre. O projeto, que deve ser enviado à Câmara de Vereadores até 31 de outubro, prevê a criação inicial de 18 quilômetros de faixas especiais para os ciclistas.
O anúncio foi feito ontem pelo arquiteto Régulo Ferrari, técnico em Trânsito e Transporte da EPTC, que coordena o Grupo Técnico de Acompanhamento do Plano. Ele participou da Quarta Temática da Cidade, realizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smam). Ferrari destacou que o custo estimado do projeto é de R$ 100 mil por quilômetro em ruas já existentes. As rotas prioritárias passarão pelas avenidas Sertório, Assis Brasil e Ipiranga, além do bairro Restinga.
O técnico informou que, de acordo com uma pesquisa de 2003, menos de 1% das viagens realizadas na Capital são feitas de bicicleta. O maior entrave para ampliar este número, segundo ele, seria a falta de infra-estrutura que garanta a segurança dos ciclistas.
Ao todo, o Plano vai propor a destinação de 400 quilômetros de ciclovias ou ciclofaixas. Para isso, Ferrari estima que será necessário investir R$ 5 milhões/ano. Desta maneira, a Capital poderá atingir a meta de 300 mil viagens de bicicleta até 2022.
O secretário municipal de Mobilidade Urbana, Luiz Afonso Senna, ressalta que parte dos recursos deverá vir da iniciativa privada. "Quando o Plano estiver concluído, queremos buscar os parceiros para a etapa de implantação", explicou.
(
JC-RS, 13/09/2007)