O aquecimento global pode causar um sério declínio na produção do setor agrícola até 2080, com uma queda da produtividade em alguns países em desenvolvimento e uma melhora em alguns poucos países ricos, mostrou um estudo na quarta-feira. Índia, Paquistão, a maior parte da África e da América Latina devem ser as regiões mais atingidas, disse o economista William Cline, autor do estudo, publicado pelo Centro para Desenvolvimento Global e pelo Instituto Peterson para Economia Internacional.
Já os Estados Unidos, a maior parte da Europa, Rússia e Canadá vão provavelmente ver ganhos agrícolas se a mudança climática continuar em seu curso atual, mostrou a pesquisa. Alguns analistas afirmam que o aquecimento global pode ser na verdade um impulso às plantações, fazendo do impacto da mudança climática causada pelo homem algo insignificante. Eles citam estudos de laboratórios que mostraram ganhos em potencial nas produtividades de até 30 por cento quando as emissões de dióxido de carbono foram elevadas.
Cline discute essas conclusões, dizendo que testes similares mostraram ganhos de cerca de 15 por cento. Para o milho, já existe tanto dióxido de carbono na atmosfera que mais desse gás no ar não ajudaria a melhorar a produtividade, disse Cline. Trigo, arroz e soja continuam se beneficiando do aumento das emissões de dióxido de carbono, mas esse benefício deve se reduzir, disse ele.
"Já existe um sinal de que há fadiga da Revolução Verde", disse ele, referindo-se à transformação tecnológica da agricultura entre os anos 1940 e 1960 que elevou as produtividades. Ele destacou que o crescimento médio anual da produção nas décadas de 1960 e 1970 era de 2,6 por cento por ano, mas a partir de 1980 caiu para 1,8 por cento. No geral, a previsão é que a produtividade agrícola mundial caia entre 3 por cento e 16 por cento até 2080.
Entre os países desenvolvidos, o panorama da Austrália é o mais desanimador, com previsões de declínios na produção que variam de 16 por cento a 27 por cento. No mundo em desenvolvimento, os declínios na Índia foram calculados entre 29 e 38 por cento, e no Sudão e Senegal seriam de mais de 50 por cento de quedas na safra.
A grande diferença entre o maior e o menor número da previsão depende da quantidade de emissão de dióxido de carbono que afeta de fato algumas safras, disse Cline. Plantas absorvem dióxido de carbono, gás do efeito estufa emitido por usinas de energia alimentadas por carvão, veículos com combustível à base de petróleo, etc.
Alguns analistas afirmam que o aquecimento global pode ser na verdade um impulso às plantações, fazendo do impacto da mudança climática causada pelo homem algo insignificante. Eles citam estudos de laboratórios que mostraram ganhos em potencial nas produtividades de até 30 por cento quando as emissões de dióxido de carbono foram elevadas.
Cline discute essas conclusões, dizendo que testes similares mostraram ganhos de cerca de 15 por cento. No geral, a previsão é que a produtividade agrícola mundial caia entre 3 por cento e 16 por cento até 2080. Entre os países desenvolvidos, o panorama da Austrália é o mais desanimador, com previsões de declínios na produção que variam de 16 por cento a 27 por cento.
No mundo em desenvolvimento, os declínios na Índia foram calculados entre 29 e 38 por cento, e no Sudão e Senegal seriam de mais de 50 por cento de quedas na safra. A grande diferença entre o maior e o menor número da previsão depende da quantidade de emissão de dióxido de carbono que afeta de fato algumas safras, disse Cline.
Plantas absorvem dióxido de carbono, gás do efeito estufa emitido por usinas de energia alimentadas por carvão, veículos com combustível à base de petróleo, etc. Alguns analistas afirmam que o aquecimento global pode ser na verdade um impulso às plantações, fazendo do impacto da mudança climática causada pelo homem algo insignificante. Eles citam estudos de laboratórios que mostraram ganhos em potencial nas produtividades de até 30 por cento quando as emissões de dióxido de carbono foram elevadas. Cline discute essas conclusões, dizendo que testes similares mostraram ganhos de cerca de 15 por cento.
(Por Deborah Zabarenko,
Reuters, 12/09/2007)