Um incêndio já destruiu 70 mil hectares de vegetação no Pantanal. Os bombeiros recebem a ajuda de voluntários na tentativa de controlar as chamas. O trecho ao longo da rodovia que liga Corumbá a Campo Grande é um dos mais afetados. A fumaça atrapalha a navegação no Rio Paraguai. A visibilidade é pouca e fica difícil enxergar as placas de sinalização.
Nesta terça-feira, o Corpo de Bombeiros conseguiu controlar o fogo no Parque Estadual da Serra do Rola Moça, na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo o Instituto Estadual de Florestas (IEF), foram destruídos 275 hectares de vegetação, sendo que 263 faziam parte da reserva. Um avião, um helicóptero e 70 pessoas, entre brigadistas e bombeiros, trabalharam no combate às chamas.
Esta foi a terceira vez, em menos de dois meses, que o parque foi devastado por incêndios. No dia 21 de julho, 191 hectares foram destruídos e, no último dia 23, 409 hectares foram atingidos pelas chamas.
No Parque Estadual da Boa Esperança, também em Minas, o fogo já destruiu pelo menos 150 hectares da mata. A queimada começou há quatro dias. O Corpo de Bombeiros montou uma base de apoio em uma fazenda dentro do parque. Um helicóptero é usado para fazer o transporte de 14 bombeiros que combatem o fogo.
No Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, o incêndio dura 12 dias. Nesta segunda-feira, as equipes ganharam o reforço de 55 homens do Exército. As chamas já destruíram quase 15% da vegetação do parque. A fumaça gerada pelo incêndio atrapalha a visibilidade e impede o uso de aviões no combate às chamas.
No Parque Nacional dos Carajás, no Pará, os focos de incêndio se concentram em uma região montanhosa. O fogo, que começou há 15 dias, já destruiu 1.500 hectares de vegetação. Segundo o chefe do parque, o incêndio foi criminoso. Até agora, o responsável pela queimada não foi identificado. Trinta homens estão acampados no meio da mata. Os ambientalistas estão preocupados. Há espécies de plantas e animais que só existem na região.
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O Globo, 12/09/2007)