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extinção de espécies
2007-09-13
Dos gorilas das planícies africanas aos corais das ilhas Galápagos, mais de 16.300 espécies de plantas e animais se encontram ameaçadas de extinção, afirmou na quarta-feira a União Mundial de Conservação ao lançar sua Lista Vermelha, uma publicação anual. Um quarto dos mamíferos, um em cada oito pássaros, um terço dos anfíbios e 70% das plantas analisadas estão sob risco.

A lista é encabeçada pelo gorila da planície, que saiu da categoria "sob risco" para "criticamente em perigo" - a outra categoria adotada é "vulnerável". Nos últimos 25 anos o número de exemplares dessa espécie caiu 60% na África por causa, principalmente, do vírus Ebola e da caça.

Dos países analisados, Brasil, Austrália, China e México concentram o maior número de espécies ameaçadas. As demais espécies da Lista Vermelha estão à beira de entrar no rol das ameaçadas ou carecem de dados mais representativos.  No documento, descrito como a avaliação mais bem fundamentada a respeito da situação dos animais e das plantas da Terra, o grupo analisou 41.415 espécies e descobriu que, dessas, 16.306 correm perigo, disse Craig Hilton-Tailor, principal responsável pela lista.

Essa cifra representa um acréscimo de 188 espécies de seres vivos em relação ao número do ano passado, afirmou Hilton-Tailor. E, ainda assim, a quantidade de espécies ameaças deve ser ainda maior, acrescentou.

- A estimativa é subestimada. Sabemos que é subestimada - afirmou o membro do grupo. - Olhamos apenas a ponta do iceberg quando se trata das espécies existentes e que são conhecidas pela ciência - acrescentou.  O mesmo quadro se observou no Brasil, que este ano apareceu com 725 espécies listadas contra 721 no ano passado.

- A extinção das espécies é algo sem precedentes, inclusive no Brasil. O grande mote não é fazer lista de espécies ameaçadas, mas retirá-las da lista - disse ao GLOBO ONLINE Lídio Coradin, gerente de recursos genéticos do Ministério do Meio Ambiente, para quem "o grande trabalho que precisa ser ampliado é o da educação ambiental".

O número total de espécies extintas chegou a 785 e outras 65 só são encontradas em cativeiro ou cultivo restrito. A União Mundial de Conservação - uma entidade internacional entre cujos membros há países, órgãos governamentais, organizações não-governamentais e milhares de cientistas - pretende "influenciar, encorajar e ajudar as sociedades" a preservarem a natureza e os recursos naturais.

Apesar de não ter grande influência sobre as decisões do governo dos EUA a respeito da preservação da vida selvagem porque o país atua nessa área por meio de sua Lei das Espécies Ameaçadas, a entidade possui peso em várias nações, com destaque para os países em desenvolvimento, que não conseguem avaliar a situação de suas espécies.

Três das novas espécies adicionadas à lista deste ano são corais de Galápagos, que se vêem ameaçadas pelo fenômeno El Niño (aquecimento das águas do Pacífico) e pelas mudanças climáticas, afirmou o grupo em um comunicado. O peixe cherne-poveiro brasileiro ("Polyprion americanus") também aparece na lista anual, mas sua situação atual não foi revelada pelo site da organização.

Uma das poucas boas notícias do relatório vem da África. Graças a um programa de conservação, o periquito das Ilhas Maurício saiu da lista de animais à beira da extinção. Nos anos 80, havia apenas dez exemplares vivos da espécie.

Aquecimento da Terra
Hilton-Tailor aponta o aquecimento global como um fator que está contribuindo para a extinção, mas não seria o único.

- Não é fácil identificar se as mudanças climáticas estão ou não levando algumas espécies à extinção - afirmou. - As mudanças climáticas não atuam sozinhas. Elas atuam junto com outras ameaças. E é comum ver a combinação das mudanças climáticas com a ameaça de uma nova doença. Diferentes somatórias de fatores estão levando as espécies para a beira do colapso - emendou.

A Lista Vermelha deve ser lida por autoridades governamentais e pelas pessoas comuns, disse Hilton-Tailor:

- Se todas as pessoas do planeta cooperarem e adotarem um modo de vida sustentável, muitos desses problemas desaparecerão. O especialista reconheceu, no entanto, que uma cooperação do tipo nunca aconteceu ao longo da história humana.
(Reuters e O Globo Online, 12/09/2007)


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