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gestão ambiental
2007-09-13
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul tem levado a sério o seu papel na formação de cidadãos ecologicamente conscientes. A criação de um programa interno de gestão ambiental é um dos exemplos que não ficou só na teoria. Tanto que formou a terceira turma no final do mês de agosto, habilitando mais 36 agentes – desde pessoas que completaram o Ensino Fundamental até os que possuem doutorado – a detectar problemas relacionados ao meio ambiente que ocorrem dentro dos campi. A iniciativa da instituição é pioneira.

Para fazer o curso de 136 horas/aula, distribuídas em atividades teóricas e práticas, é preciso ter indicação do diretor da unidade. Nas aulas, os funcionários da instituição têm acesso a informações que servirão, no futuro, para melhorar a gestão ambiental do espaço. Os formados passam a atuar como gestores ambientais dentro das suas próprias unidades de origem.

A intenção da universidade é formar gestores capazes de levantar problemas, justamente porque conhecem o local onde trabalham. Para isso, eles adquirem conhecimentos básicos em áreas diferentes, como biologia, química, legislação ambiental, tecnologias limpas, gerenciamento de resíduos sólidos, etc., além de terem acesso a exercícios práticos. Até agora, a iniciativa formou 97 multiplicadores que já estão atuando nas 29 unidades dos quatro campi da universidade. Noventa por cento dos professores que ministram as aulas são docentes da UFRGS, dos cursos de Administração, Engenharia, do Instituto de Biociências, entre outros, além de convidados.

Pequenas atitudes
A idéia inclui pequenas mudanças de hábito que podem resultar em produção menor de lixo. Em diversos ambientes de trabalho, por exemplo, a rotina de usar copos plásticos para tomar café e depois joga-los fora está consolidada. Na UFRGS não é diferente. Cientes disso, os organizadores do curso pensaram em uma estratégia. No primeiro dia de aula, os alunos ganham uma caneca, como forma de incentivar a mudança de comportamento frente à geração desnecessária de resíduos. "O que a gente quer despertar é um olhar diferente sobre o ambiente de trabalho e o entorno, nas pequenas atitudes", explica o coordenador de gestão ambiental da universidade, professor Darci Campani.

A formação de agentes ambientais é uma iniciativa exclusiva da UFRGS, conforme Campani, e foi proposta pelo Grupo Interdisciplinar de Gestão Ambiental da instituição (Giga), criado em 1999.  A primeira turma se formou no primeiro semestre do ano passado. Segundo ele, a meta de capacitação inicial já foi superada. “Nós pensávamos em um agente por unidade e já estamos com três”, comemora. O professor explica que, no início, se pensava que um agente por unidade seria suficiente, mas que o tamanho e a complexidade de alguns setores – a unidade de Engenharia, por exemplo, tem sete prédios – exige um número maior de agentes atuando. “O ideal seria que todo funcionário da universidade fosse um agente ambiental”, projeta.

Conscientizar os colegas
O servidor Canísio Alberto Frantz, 56 anos, é funcionário da Prefeitura Universitária do Campus do Vale, no bairro Agronomia, em Porto Alegre, e fez parte da turma que se formou recentemente. Responsável pela manutenção da parte elétrica, ele cita o cuidado com as lâmpadas (procurar não quebra-las e acondiciona-las de maneira correta para depois serem enviadas para reciclagem) como um dos pontos importantes que aprendeu nas aulas. “Foi esclarecedor, algumas coisas a gente tem conhecimento por notícia, mas as visitas técnicas que a gente fez deram outra visão sobre a realidade”, conta. Para ele, a parte mais complicada é conscientizar os colegas. “Tu tem que mudar a postura das pessoas, a maneira de viver, e isso é difícil”, reflete.

Resultados
O retorno do trabalho de formação já pode ser visto na coleta seletiva, de acordo com o professor Campani. Obedecendo a um decreto federal que obriga tais instituições a encaminhar o material seletivo para unidades de triagem, os resíduos produzidos na UFRGS são levados para três galpões de reciclagem. “Nós já notamos um aumento do material”, ressalta, fazendo referência ao maior cuidado na hora da separação do lixo. Sobre a postura de quem passou pelas aulas, Campani sustenta que houve mudanças. "Agora, as pessoas circulam dentro da UFRGS com esse novo olhar e trazem informações sobre coisas que estão erradas.”  

Nova turma
Na última terça-feira (11), teve início uma nova turma. Agora, parte das 45 vagas foi disponibilizada para o público externo. O Hospital de Clínicas de Porto Alegre, por exemplo, entrou com dez participantes. De acordo com Campani, os alunos realizarão a parte prática em seus locais de trabalho, o que não prejudica quem é de fora. As aulas, que incluem 12 disciplinas e quatro visitas técnicas, devem terminar no final de novembro. Futuramente, o curso poderá se transformar em especialização ou mestrado na área de gestão, “mais prático do que acadêmico”, sugere o professor.

(Por Débora Cruz, Ambiente JÁ, 13/09/2007)

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