SEMINÁRIO DISCUTE EFICIÊNCIA DE INVESTIMENTO NA MATA ATLÂNTICA
2001-11-27
Os investimentos em ações para a conservação, recuperação e uso sustentável da Mata Atlântica somaram R$ 400 milhões, na década de 90, mas foram muito concentrados no eixo Rio- São Paulo, com poucos projetos na região Nordeste. Por isso, ambientalistas, técnicos governamentais, empresários e representantes de fundos de financiamento reúnem-se em seminário, durante esta semana, para discutir o redirecionamento dos investimentos futuros, de forma a evitar sobreposições e atender às prioridades de proteção à biodiversidade e ecossistemas. Eles trabalharão com base nos resultados de um levantamento inédito, que contabilizou as ações em prol da Mata Atlântica por intermédio de um questionário, respondido por 579 organizações, entre julho e outubro deste ano. Coordenado pelo Instituto Socioambienta l (ISA), Rede de Ongs da Mata Atlântica, Conselho Regional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e Fundo Mundial para a Natureza (WWF)- Brasil, o cadastramento é conhecido como Projeto Quem faz o quê pela Mata Atlântica. No Brasil, foram relacionados 844 projetos ligados à Mata Atlântica, entre 1990 e 2000, sendo 509 de conservação, 181 de uso sustentável e 154 de recuperação. O Estado com maior número de projetos foi São Paulo, com 180, seguido do Rio de Janeiro, com 90. Os estados do Sul e Minas Gerais também têm muitos projetos, mas o Nordeste fica bem atrás, com 33 ações na Bahia, durante a última década, somente 4 em Alagoas, 3 em Pernambuco, uma na Paraíba e outra em Sergipe. (AE)