Várzea Grande sai na frente no tratamento de resíduos sólidos da construção civil. Numa parceria com a secretaria municipal de Meio Ambiente e Agricultura (Semma), a cooperativa de recuperação das áreas degradadas de Mato Grosso (Coopereco) está utilizando todos os terrenos onde as indústrias cerâmicas retiraram argila para a acomodação dos resíduos das construções.
“O material é despejado e selecionado. O que for reciclável é separado e retirado, assim como o lixo comum que tem outro destino. Fica no local somente o resíduo sólido”, esclareceu o presidente da Coopereco, Wilson Tranin. "Resolvemos um problema crítico de maneira nobre", destacou.
Ele lembra que essa é uma iniciativa pioneira em todo Mato Grosso, pois o município fica com o passivo ambiental. Enquanto a argila sai da Cidade Industrial para virar tijolo ou telha na capital do Estado, as mesmas indústrias que fazem a atividade retornam para Várzea Grande com os resíduos.
A intenção da cooperativa é organizar e definir os pontos corretos para o despejo dos entulhos Para os ambientalistas mais reticentes, o trabalho está seguindo toda a legislação vigente.
Há cinco meses, os terrenos onde são despejados os detritos estão sendo bombeados para retirada da água acumulada com as chuvas. “Trata-se exclusivamente de água pluvial. Não estamos comprometendo as nascentes dos rios nem atingindo lençóis freáticos”, esclarece o presidente da Coopereco. A associação reúne 20 empresas que movimentam 90% dos resíduos de construção civil.
Para o secretário de Meio Ambiente e Agricultura de Várzea Grande, José Aguiar Portela, trata-se de um projeto inédito que resolve um problema crítico que todas as cidades enfrentam. “Um programa que acima de tudo não agride o meio-ambiente. Uma medida de sustentabilidade”, ressalta.
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O Documento, 12/09/2007)