"Se não receber os investimentos maciços em infra-estrutura o estrago com a vinda das Usinas do Madeira vai ser grande". O alerta foi feito na segunda feira (09/09), pelo professor Silvio Persivo, com doutorado em Desenvolvimento Sustentável, no Porgrama A Hora do Povo apresentado todo o meio dia em rede estadual pelo advogado e jornalista, Arimar Souza de Sá, na Rádio Rondônia. Para Persivo Cunha, a um horizonte negro nesse sentido que deverá desabar na segurança pública, saúde, educação, transporte, trânsito e habitação, entre outros.
Persivo acha que estudos de impacto ambiental previram em seus relatórios a inundação de áreas, a desapropriação de terras, a relocação de ribeirinhos, o remanejo de peixes, a adequação ao ecossistema, mas nada foi feito até agora em relação a impacto social e econômico que a capital de Rondônia irá sofrer. “Nada foi feito, em relação a Porto Velho, que junto com sua população será a mais afetada com a instalação das hidrelétricas”, observou.
Silvio, que se diz defensor do projeto da construção das duas hidrelétricas, lamenta que pouca coisa tenha sido feita em relação a estudos mais aprofundados sobre a população de Porto Velho e sua futura relação com o mega - empreendimento. “Não estamos preparados para a obra. Há muita desorganização. Muito discurso e pouca ação. Mais de 100 mil pessoas chegarão com a notícia da construção, e temo pelo caos que essa demanda vai gerar na cidade que está despreparada, totalmente”, apurou.
O professor explicou que na situação atual, Porto Velho ficaria ‘estrangulada’ sob diversos aspectos, com a implementação definitiva do mega - projeto. Persivo falou de privações como falta de abastecimento e até a falta de serviços essenciais que ficarão bastante comprometidos.
O economista entende que as primeiras áreas a serem afetadas são: a saúde, a segurança pública e a educação. “Certamente faltará escolas, hospitais para atendimento, e a violência ficará descontrolada. Se não houver planejamento rápido, Porto Velho em vez de ganhar, vai perder com as usinas. Temos que reverter isso, mitigando os problemas com ações preventivas já!”, apontou.
(Por Rocco Eduardo,
Rondonoticias, 11/09/2007)