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2007-09-12
Associação Portuguesa de Energias Renováveis assinalou, em comunicado divulgado nesta segunda-feira (11/09), que Portugal atingiu, em Agosto, 2000 MW de potência instalada em parques eólicos. "Em Portugal esta fonte de produção de energia encontra-se em crescente desenvolvimento e já assegura cerca de 8% de electricidade consumida anualmente no nosso país, prevendo-se que em 2010 este valor atinja os 15%. Actualmente, com os aerogeradores já instalados, em cada hora de consumo de electricidade 5 minutos sejam de origem eólica", informa a APREN.

A aposta em parques eólicos feita um pouco por todo o país, nos últimos anos, vem-se concretizando aos poucos, permitindo aos consumidores de elctricidade libertarem-se progressivamente do jugo imposto pelos produtores de combustíveis fósseis. No comunicado, a Associação destaca as vantagens da energia eólica face a outras fontes. O vento, bem como o Sol, a chuva e as ondas, existem em abundância no nosso País são inesgotáveis e há milhões de anos que não têm custo o que se manterá durante mais uns milhões de anos.

"Comportamento diverso têm os combustíveis fósseis, pois além de serem limitados, duram muito menos que os recursos naturais, além de custarem sempre muito mais que aqueles recursos naturais. Não é só no que toca aos custos directos mas também aos indirectos, como são as alterações climáticas provocadas pelos gases com efeito de estufa provenientes da queima daqueles combustíveis". Segundo os dados publicados pela Direcção Geral de Energia e Geologia os preços em dólares dos principais combustíveis fósseis subiram em média, entre 2000 e 2006, 15% o petróleo bruto, 11% o carvão e 10% o gás natural.

Considerando o custo do kWh de electricidade ao longo do ciclo de vida de qualquer centro produtor, constata-se que os que usam os recursos naturais - em especial os mais usados em Portugal: as centrais hídricas e parques eólicos - serão sempre mais baratos que as centrais térmicas que queimam combustíveis fósseis.

Há casos em que os custos iniciais das centrais a partir de fontes renováveis são maiores, mas com o aumento constante dos preços dos combustíveis fósseis, ditado pelo aumento da procura, os custos das centrais térmicas irão ultrapassar aqueles valores e acrescentando os custos das licenças de CO2, então é que não restam dúvidas.

A APREN – Associação de Energias Renováveis - é uma entidade privada sem fins lucrativos cujos associados são as principais empresas independentes nacionais de Produção de Electricidade de Fontes Renováveis. Fazem ainda parte da Associação diversas entidades nacionais interessadas neste sector.

Os Centros Electroprodutores (CEP'S), que pertencem aos associados da APREN, asseguram a produção de cerca de 10 % da energia eléctrica consumida em Portugal. No total a potência instalada do CEP’s é composta por 94% das Pequenas Centrais Hídricas, 92% dos Parques, Eólicos (exploração/construção), 90% das Centrais de Biomassa, 70% das Centrais de Resíduos Sólidos Urbanos e 3% das Centrais Fotovoltaicas.
(Portugal Digital, 12/09/2007)


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