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cerrado
2007-09-12
Por decreto, prefeito criou Parque Municipal e Área de Relevante Interesse Ecológico, que totalizam 105 campos de futebol

Uma área de 244,6 mil metros quadrados, o equivalente a 24 campos de futebol, localizada a partir da desembocadura do córrego Vargem Limpa no rio Bauru foi decretada Parque Natural Municipal pelo prefeito Tuga Angerami. A decisão está publicada na edição de ontem (11/09) do Diário Oficial de Bauru (DOB) e estava à disposição para consulta no endereço da prefeitura na Internet no início da noite de ontem. Em outro decreto, o prefeito cria uma Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie), uma unidade de conservação de uso sustentável de 812 mil metros quadrados, no outro lado do rio, o que equivale a 81 campos de futebol. O objetivo é proteger áreas de cerrado e de transição da mata atlântica.

As duas áreas ficam próximos à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) que está sendo construída pela prefeitura. Bauru já possui três áreas de preservação ambiental que protegem os arredores do Jardim Botânico e as matas do córrego Água Parada e o rio Batalha. O parque, uma unidade de conservação de proteção integral, será instituído em área pertencente ao Departamento de Água e Esgoto (DAE). De acordo com Rodrigo Agostinho, titular da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma), a área foi comprada pelo DAE da Companhia de Habitação Popular de Bauru (Cohab), que é proprietária da segunda área verde.

Visitação

Agostinho conta que apesar da degradação ambiental, boa parte do terreno destinado ao parque continua coberto com mata nativa. A expectativa é abrir o parque para a visitação pública, com a implantação de uma infra-estrutura, adaptação de trilhas pela mata formada por cerrado e transição da mata atlântica. Também será necessário recuperar um pedaço atingido por erosão.

Já os projetos para a Arie ainda estão sendo estudados. “É uma área que faz fundos com o Núcleo Mary Dota, muito bonita, com fauna e flora”, observa. “A regulamentação em área verde é o primeiro passo para proteger a última reserva de mata da zona norte”, destaca secretário.

Agostinho lembra que o Plano Diretor já previa a preservação dessa área. Com a criação da Arie, o desmatamento no local fica proibido.

Além de preservar o cerrado e a mata atlântica, vegetações violentamente devastadas do Estado, as áreas vão proteger espécies de animais ameaçados de extinção, como o veado-catingueiro, espécies de gatos-do-mato, tatus, gambás e sagüis.

Mesmo uma medida como esta não garante a preservação do que ainda resta do cerrado. “Como não existe lei específica para a preservação do cerrado, fica difícil”, lamenta Agostinho.

O município de Bauru está localizado numa área de transição entre as vegetações de cerrado e mata atlântica. De acordo com o secretário do Meio Ambiente, Rodrigo Agostinho, apenas 1% da cobertura original de cerrado ainda sobrevive no município. “Existe uma grande dificuldade de preservação dessas matas, que são vizinhas da área urbana e vêm sendo atingidas com a expansão da cidade (loteamentos antigos e recentes). O maior desafio hoje é como expandir a cidade de forma ordenada, conservando essas áreas importantes”, afirma. “Hoje Bauru conta com 254 fragmentos de cobertura florestal, totalizando 5.959 hectares. Isso corresponde a 8% da cobertura total do município, quando o exigido pelo código florestal seria 20%”, alerta.

Estudo divulgado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Cerrados, que analisou fotos tiradas por satélites, indica que 96% da cobertura vegetal de Bauru era composta por cerrado. Desse total, existiriam 15%, de acordo com o estudo.

Já o Instituto de Economia Agrícola (IEA) aponta que em 2005 existiam 12.479 hectares de cerrado, ao passo que em 2001, essa área correspondia a 14.828 hectares. Miguel Cáceres, presidente do Conselho Municipal do Meio Ambiente (Comdema) alerta para a questão legal. “O cerrado, assim como a mata atlântica, não é protegido. Se algo não for feito num curto período de tempo, poderemos ter uma perda irreparável de biodevirsidade que irá se refletir para toda a humanidade, já que nem metade das potencialidades do cerrado foi descoberta”, alerta.

(Jornal da Cidade de Bauru, 12/09/2007)

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