Fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Secretaria Estadual de Ambiente do Rio de Janeiro fizeram uma operação nesta terça-feira (11/09), na Baía de Guanabara, para combater a pesca predatória com rede de arrasto.
Redes e seis barcos de médio porte de armadores diferentes foram apreendidos. Os donos das embarcações deverão ser multados e responderão por crime ambiental, que prevê prisão de um a quatro anos e multa de até R$ 1 milhão.
Com a ajuda de um helicóptero da Polícia Militar e de um barco do Ibama, os fiscais fizeram vistorias entre a Ilha do Governador e São Gonçalo (região metropolitana) e na praia de Icaraí, em Niterói.
Segundo o secretário estadual de Ambiente, Carlos Minc, essa região é conhecida por sofrer constantemente com a pesca predatória. “Temos que manter permanentemente a pressão. Se não, daqui a dez dias está todo mundo arrastando novamente”.
Os barcos de arrasto pescam em pares e levam as redes para o fundo. A malha apertada acaba pescando também os peixes pequenos.
“Essas embarcações prejudicam a reprodução dos peixes, afetam o pescador artesanal e fazem com que o peixe fique mais caro e escasso. Por isso, é essencial o trabalho de parceria para o combate a esse crime ambiental”, disse Minc.
De acordo com ele, as ações conjuntas vão continuar. Estão previstas atuações na Baía de Ilha Grande e em Sepetiba, na zona Oeste da cidade.
Há duas semanas, foi feita uma operação na lagoa de Araruama e no mar de São Pedro da Aldeia e Arraial do Cabo, cidades da região dos Lagos.
(Por Aline Beckstein, Agência Brasil, 11/09/2007)