Cerca de duzentos especialistas, incluído pesquisadores e gestores públicos do Brasil, Portugal, França e Estados Unidos, debatem até quarta-feira (12/09), no município de Gravatá, no agreste de Pernambuco, alternativas para minimizar os efeitos da escassez de água no semi-árido nordestino. Eles participam da 2ª Conferência Internacional sobre Água em Regiões Áridas e Semi-Áridas. A primeira aconteceu no ano passado, no Texas, Estados Unidos.
De acordo com o secretário executivo de Recursos Hídricos do governo de Pernambuco, José Almir Cirilo, a idéia é debater uma cooperação internacional entre pesquisadores de universidades brasileiras e estrangeiras que favoreça, com novas tecnologias, o homem do campo, com relação à questão da falta de água. “O objetivo é discutir as formas de superar as dificuldades que envolvem a questão da água”, declarou. Ele disse que alguns dos experimentos trabalhados em laboratório pelos pesquisadores já podem ser aplicados no campo, como por exemplo novas formas de armazenar água no solo e de purificar água das cisternas.
Entre os temas que constam da programação estão os impactos das mudanças climáticas sobre regiões áridas e semi-áridas, produção agrícola em áreas secas, desertificação global e métodos para aproveitar recursos hídricos não-convencionais.
Ao final do encontro, promovido pela Associação Brasileira de Recursos Hídricos em parceria com universidades públicas, os participantes pretendem elaborar um documento com proposições que possam nortear políticas públicas de conservação de recursos hídricos em áreas secas.
Dados do Atlas Nordeste, elaborado pela Agência Nacional de Águas (ANA), indicam que dos 185 municípios pernambucanos, 122 estão localizados na região do semi-árido.
(Por Marcia Wonghon,
Agência Brasil, 10/09/2007)