O prazo dado pela Companhia Vale do Rio Doce para que produtores de ferro-gusa provem que a origem da madeira usada nos fornos não é mata nativa, além de demonstrar que atendem as demais exigências da legislação ambiental e trabalhista. A empresa enviou no dia 28 cartas a produtores do Pará, do Maranhão e de Minas Gerais informando que vai suspender o fornecimento de minério de ferro, se as condições legais de operação não forem atendidas.
Receberam cartas a Siderúrgica Ibérica do Pará S/A (Ibérica), a Siderúrgica Marabá S.A (Simara), além da Companhia Siderúrgica do Pará (Cosipar) e da Usina Siderúrgica de Marabá S/A (Usimar), que já tinham sido comunicadas da rescisão de seus contratos comerciais.
De acordo com a Vale, o Ibama, após fiscalização, entregou aos orgãos ambientais estaduais, ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público Estadual, um diagnóstico do passivo ambiental desses pólos de gusa.
A Siderúrgica do Maranhão S/A (Simasa), a Siderúrgica Marabá S.A (Simara), a Viena Siderúrgica do Maranhão S.A (Viena), a Itasider Usina Siderúrgica Itaminas S/A e a Ferro Gusa do Maranhão Ltda (Fergumar) foram incluídas na lista divulgada pelo Ministério do Trabalho (Portaria 540 de 15 de outubro de 2004) que traz a relação de empresas autuadas por comprar carvão proveniente de carvoarias que utilizam trabalhadores em condição análoga à de escravo. Essas empresas também têm mais 20 dias para a comprovação da sua regularidade, sob pena de terem o fornecimento de minério interrompido pela Vale.
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Portal Terra, 10/09/2007)