O Ministério das Minas e Energia (MME) fica, hoje à tarde, a par das dificuldades de transmissão de energia elétrica nos próximos dois anos para o Norte do Estado, região que tem Joinville como pólo. O encontro da diretoria técnica da Celesc com o ministro Nelson Hubner, em Brasília, está marcado para as 15 horas.
AlertaOs catarinenses vão pedir que o Ministério classifique como emergencial a construção de uma subestação de 230 quilovolts e de uma linha de rede básica em Joinville. O propósito é atender à demanda na região que extrapolou o planejamento do Estado. A demanda máxima na subestação Joinville, da Eletrosul, aumentou 14,8% em 2007, na comparação com o ano anterior.
“Na prática, vamos pedir a antecipação da obra”, diz o diretor técnico da Celesc, Eduardo Sitônio. Os argumentos que serão usados para convencer o ministro da importância das obras estão baseados no salto dos pedidos de carga, tanto atuais quanto previstos para o futuro.
O xis do problema é a ausência de uma segunda subestação transformadora. Essas subestações da Eletrosul baixam a voltagem da eletricidade dos 230 quilovolts, com a qual ela sai da geradora, para 138,5 quilovolts. Dessa voltagem, uma das sete subestações da Celesc na região distribui a energia para os consumidores em 220 volts. Joinville possui apenas uma das subestações da Eletrosul, sem capacidade de ampliação.
Sitônio diz que não será fácil a antecipação e que a situação não é nova. É similar ao pedido de urgência na instalação de um cabo transmissor submarino, que levaria energia elétrica da subestação da Eletrosul localizada em Palhoça ao Sul da Ilha de Santa Catarina, onde fica parte de Florianópolis.
Apesar de o MME ter dado o aval, um embargo ambiental obstrui o andamento da obra na Capital há quase dois anos. Também é uma questão ambiental o obstáculo que pode impedir a conclusão, em tempo hábil, da obra no Norte do Estado estimada em cerca de R$ 9 milhões pela Eletrosul. A construção levaria de 14 a 16 meses.
(A Notícia, 11/09/2007)