O BNDES aprovou financiamento no valor de R$ 500 milhões à Alcoa Alumínio para a implantação de infra-estrutura industrial e logística para a exploração de mina de bauxita, no município de Juruti, no Estado do Pará. O crédito corresponde a 22% do investimento total.
O projeto integrado compreende a exploração de mina e a construção de porto, rodovia e ferrovia, as duas últimas com aproximadamente 55 quilômetros de extensão, ligando a área onde a empresa fará a extração do minério e o porto. A planta a ser construída terá capacidade inicial de produção de 2,6 milhões de toneladas por ano de bauxita e potencial de expansão para até 12 milhões de toneladas anuais. A nova unidade deverá entrar em operação em meados de 2008. A bauxita é matéria-prima para a produção de alumina, insumo de fabricação do alumínio. O alumínio está entre os metais não ferrosos mais consumidos no mundo.
Durante a fase de construção, o empreendimento deverá gerar cerca de 4,5 mil empregos diretos e indiretos. A partir do início da operação da fábrica, a previsão é de 225 empregos diretos e de 425 empregos indiretos.
O projeto, localizado na margem direita do rio Amazonas, permitirá o escoamento do minério por ferrovia até o porto fluvial.
A bauxita proveniente da mina de Juruti suprirá parte das necessidades da refinaria do consórcio Alumar, em São Luís (MA) , um dos complexos mais competitivos de alumínio do mundo e no qual a Alcoa tem participação acionária de 35%.
A ferrovia terá duas locomotivas, 55 vagões e sala hidráulica do virador de vagões com área total de aproximadamente 4,2 mil metros quadrados. Já o porto fluvial contará com píer de atracação de navios e barcaças e com terminal de cargas gerais, além de sistemas viário e de drenagem e edificações industriais.
(Por Bruno Rosa, O Globo, 10/09/2007)