A Petrobras vai investir US$ 15 bilhões nas atividades de exploração, produção e refino de petróleo no exterior, conforme previsto no Plano de Negócios para o período 2008-2012, e o maior volume de recursos se destinará aos Estados Unidos, com US$ 4,9 bilhões. Atualmente, a Petrobras atua em 27 países e emprega mais de 7 mil trabalhadores no exterior.
De acordo com o diretor da área internacional da estatal, Nestor Cerveró, o Plano prevê investimentos totais de US$ 112,4 bilhões e essa parcela irá para "a expansão de nossas atividades na parte americana do Golfo do México, onde possuímos um significativo e promissor portfólio de áreas exploratórias em águas profundas e ultraprofundas".
Na Argentina, os investimentos nos próximos anos serão de US$ 2,8 bilhões, seguindo-se a Nigéria, com US$ 1,4 bilhão. "Também destinaremos US$ 2,7 bilhões para novas oportunidades de negócios, tanto nas áreas de exploração e produção como na de refino; e ainda US$ 900 milhões para as atividades da companhia em Angola", acrescentou Cerveró.
O setor de exploração e produção, explicou, absorverá 70% do total destinado ao mercado externo, ou US$ 10,5 bilhões. A meta da estatal é chegar a 2012 produzindo no exterior 436 mil barris de óleo equivalente (petróleo, líquido de gás natural e gás natural) por dia – um crescimento de 10,3% ao ano em relação aos 243 mil barris por dia de óleo equivalente produzidos em 2006.
Já para 2015 a meta é chegar a uma produção diária de 689 mil barris por dia, com uma média anual de crescimento de 12,4%. Na área de refino, transporte, comercialização e petroquímica serão investidos US$ 3,7 bilhões (25% do total) e a estratégia é aumentar a atuação integrada, com foco na Bacia do Atlântico.
Nos Estados Unidos, lembrou Cerveró, a Petrobras atua como operadora em vários campos, inclusive os de Chinook e Cascade, que deverão começar a produzir em 2010. E em parceria com a americana Astra, na refinaria de Pasadena, em Houston, no estado do Texas.
Com capacidade inicial de processar até 100 mil barris de petróleo leve, a refinaria está sendo modernizada para processar o petróleo pesado da Bacia de Campos. "Mas estudamos também a possibilidade de adquirir outra unidade nos Estados Unidos, assim como oportunidades de refino em países da Europa e da Ásia. De qualquer forma, podemos chegar a 2012 refinando até cerca de 250 mil barris por dia nos Estados Unidos”, previu Cerveró.
(Por Nielmar de Oliveira, Agência Brasil, 10/09/2007)