(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2007-09-10
Pela via judicial, a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) tentará ver os contratos em que aparece irregularmente como avalista de empréstimos do banco alemão Kreditanstalt für Wideraufbau (KfW) às empresas Winimport e Hamburgo.

O advogado Maury Sérgio Lima e Silva, do escritório Pinheiro Neto Advogados, contratado pela CGTEE, ingressará na tarde de hoje com ação exibitória de documentos contra o KfW no Fórum Central de Porto Alegre.

Segundo Lima e Silva, a ação exigirá que o banco alemão apresente os 12 contratos irregulares. Além de a estatal ser proibida por lei de conceder os avais, há suspeita de que as assinaturas de diretores da companhia nos contratos tenham sido falsificadas. A ação correrá inicialmente no Judiciário estadual, mas como a CGTEE é uma empresa do grupo Eletrobrás, há a possibilidade de o processo ir parar no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF), por interesse da União.

- Existem fortes indícios de que os contratos são falsos - ressalta Lima e Silva.

A partir do ingresso da ação, segundo o advogado da estatal, o juiz poderá tomar duas providências: notificar o escritório brasileiro do KfW, situado em São Paulo, ou determinar a emissão de uma carta rogatória, na qual pedirá a um colega alemão que notifique o banco na sede, apoiado na reciprocidade judicial entre os dois países estabelecida por tratados internacionais. Nesse caso, poderá ser solicitada a vinda de representantes do KfW ao Brasil.

Empréstimos totalizam 157 milhões de euros
Se a CGTEE obtiver a exibição dos contratos, pretende submetê-los a uma perícia para atestar se houve adulterações. Com assinaturas do ex-diretor técnico e de meio ambiente Carlos Marcelo Cecin e do diretor financeiro, Clovis Ilgenfritz, a estatal aparece nos contratos junto ao KfW como avalista de empréstimos que totalizam 157 milhões de euros. Os recursos seriam direcionados para a construção de sete usinas de biomassa, no Rio Grande do Sul e no Paraná. A direção da CGTEE nega ter autorizado a concessão dos avais.

Das sete usinas previstas, apenas duas, da Winimport, estão em funcionamento, nos municípios paranaenses de Imbituva e Guarapuava. A de Inácio Martins teve as obras paralisadas depois do impasse entre o KfW e a CGTEE. Em São Borja, São Sepé, Dom Pedrito e Rio Grande praticamente não há sinal de obras onde deveriam funcionar usinas de biomassa pertencentes à Hamburgo, empresa com sede em Porto Alegre.

Entenda o escândalo das usinas
Caso começou com financiamento negociado na Alemanha
- A multinacional alemã CCC Machinery teria negociado financiamento de 157 milhões de euros com o banco alemão de desenvolvimento KfW para construção de sete usinas de biomassa no Brasil.
- Os valores teriam como destino a Areva, encarregada da construção das usinas.
- A operação de financiamento era garantida pela Euler Hermes, que exigiria uma contra-garantia de uma empresa sólida, como uma subsidiária da Eletrobrás.
- A Winimport, no Paraná, e a Hamburgo, no Rio Grande do Sul, queriam construir as usinas e ofereceram participação acionária à CGTEE, que assim poderia dar garantias legalmente.
- Os principais defensores da operação foram o ex-diretor Carlos Marcelo Cecin e Alan Barbosa, ambos do PT.
- Em abril, a CGTEE foi informada pelo KfW de que era avalista dos contratos da Winimport. Depois, soube que havia outros contratos em favor da Hamburgo. Mais adiante, surgiu um novo aval à Enerpal, dona da Hamburgo. Nos contratos, há assinaturas de Cecin e do diretor financeiro da CGTEE, Clovis Ilgenfritz.
- O KfW afirma ter em seu poder carta do presidente da CGTEE, Sereno Chaise, e cópia da ata 106, do conselho de administração da companhia, que aprovaria a concessão dos avais.

(Zero Hora, 20/09/2007)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -