O ministro da Secretaria de Planejamento de Longo Prazo, Roberto Mangabeira Unger, avalia que a participação comunitária na gestão das florestas brasileiras pode influenciar no desenvolvimento do país. Baseada nisso, a secretaria planeja desenvolver ações nesse sentido que, conforme Unger, é tendência internacional.
Para o ministro, a lucratividade com a produção florestal supera outros tipos de uso da terra como a pecuária, por exemplo. Ele explica que as condições do solo e clima brasileiros são tão favoráveis que é possivel plantar em quase todo o território. Para Unger, porém, o modelo de propriedade florestal brasileira ainda é antigo, representando atraso para o desenvolvimento do país.
O diretor de Política Ambiental da ONG Conservação Internacional, Paulo Gustavo Prado, concorda que a atuação comunitária na gestão de florestas pode trazer lucros ao país. Mas, segundo ele, é preciso planejamento e financiamento para se alcançar o sucesso. 'Se for bem planejado, privilegiando áreas degradadas, por exemplo, pode ser uma solução tanto econômica quanto ambiental', diz. Vale lembrar que até o dia 21, segue aberta a consulta na Internet para o manejo de florestas públicas, cujas normas serão finalizadas pelo o Serviço Florestal Brasileiro (SFB).
(
Correio do Povo, 10/09/2007)