O governo da Nicarágua decretou luto nacional de três dias pela catástrofe causada pelo furacão Félix, que deixou 67 mortos e 150.542 desabrigados no país, segundo números oficiais. O decreto de luto nacional foi lido à imprensa pela primeira-dama, Rosario Murillo, que indicou que os danos causados pelo furacão ainda não foram totalmente avaliados.
Durante esses três dias, a bandeira da Nicarágua será içada a meio mastro em todos os edifícios públicos do país. Em um novo relatório apresentado esta noite --em entrevista coletiva que reuniu o presidente Daniel Ortega, ministros, chefes militares e efetivos da polícia-- foi informado que 138 nicaragüenses do litoral do Caribe continuam desaparecidos, 135 foram resgatados, e 1.277 estão desabrigados, embora grande parte destes esteja retornando a suas comunidades de origem.
Ortega indicou que todas as informações sobre o impacto causado pelo ciclone continuam centralizadas e controladas pelo Exército, que fornecerá relatórios a cada doze horas. O chefe do Estado-Maior do Exército, general Julio César Avilés, precisou que ainda não é possível afirmar que "os desaparecidos estão mortos", porque os trabalhos de resgate continuam por terra, mar e ar.
Acrescentou que 1.900 efetivos do Exército participam dos trabalhos humanitários na região atingida pelo Félix no dia 4 de setembro. Acompanhe as notícias em seu celular: digite o endereço wap.folha.com.br
(Efe/
Folha Online, 09/09/2007)