A Defesa Civil nicaragüense divulgou no domingo (09/09) um novo balanço de pessoas afetadas pela passagem do furacão Félix no país: 65 mortos, 21 feridos e 93.729 desabrigados. Dentre as 65 pessoas que morreram, 60 são da cidade de Puerto Cabezas, a mais afetada pelo furacão. As demais são de Waspán, Prinzapolka e de Bonanza, comunidades habitadas majoritariamente por índios Miskito.
Segundo um relatório preliminar, o furacão, que passou na terça-feira pelo litoral nicaragüense com ventos de 260 km/h (categoria 5 na escala Saffir-Simpson), também causou muitos danos materiais e ambientais. De acordo com a Defesa Civil do país, 18.275 famílias foram afetadas pelo furacão, enquanto 8.925 pessoas ainda permanecem hospedadas em 61 albergues temporários.
O Félix deixou 12.003 casas completamente danificadas e 3.985 parcialmente destruídas, e causou danos em outros 88 edifícios públicos e 107 particulares. O píer de Puerto Cabezas foi parcialmente afetado, enquanto a torre de controle do aeroporto da cidade foi derrubada pela passagem do furacão.
A Defesa Civil, que destacou que cerca de 134 pessoas foram resgatadas após a passagem do Félix, também relatou a contaminação de 6.681 poços d'água. A instituição disse que serão necessários cerca de seis milhões de litros de água para beber e cozinhar durante 15 dias nas zonas afetadas, assim como arroz, feijão, açúcar, milho, sal, cereais, leite, latas de óleo e remédios.
Além disso, o órgão informou que o serviço de energia elétrica em Puerto Cabezas está funcionando com apenas 10% de sua capacidade.
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Efe, 09/09/2007)