A Agência de Saneamento de Cuiabá (Sanecap) estima que das 190 mil economias ou ligações de água existentes, de 3% a 4% são clandestinas, o equivalente a aproximadamente 7.600. “As gambiarras também acontecem no Centro e em bairros de classe média e alta, mas o problema se concentra na periferia”, informa o diretor comercial, Amarilio Calhao Neto.
Entre os principais bairros estão o Três Barras, João Bosco Pinheiro, Antônio Dias, Ribeirão do Lipa e Pedra 90. Neste último caso, por exemplo, a inadimplência também é alta, em torno de 90%.
Segundo Amarilio Neto, é difícil calcular os prejuízos em decorrência das gambiarras. “O valor é bastante alto e como a Sanecap não arrecada, deixa de investir na melhoria do sistema”, diz lembrando que o próprio morador pode ser prejudicado, porque o material usado não é padronizado, podendo sofrer infiltrações e, conseqüentemente, contaminação da água.
Ele também afirma que a tarifa cobrada na Capital é uma das mais baixas do país. “O valor é cobrado por classes, metro cúbico. Quanto mais a pessoa gasta, mas vai pagar”.
Além disso, quem consome até 40m3 de água, até 100 KWh de energia elétrica e possui o Bolsa Família pode se beneficiar da tarifa social e pagar taxa mínima de R$ 11,20. (JD)
(Diário de Cuiabá, 09/09/2007)