Os líderes dos 21 países do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) aprovaram ontem a proposta australiana para combater o aquecimento global através do reflorestamento e do uso mais eficiente da energia. A China e os Estados Unidos são os países que mais emitem gases que intensificam o efeito estufa, que contribui para o aquecimento global.
Enquanto os líderes examinavam a proposta do primeiro-ministro australiano, John Howard, cerca de dez mil pessoas protestavam em outro ponto de Sydney contra a política ambiental adotada por alguns países. Nas manifestações, dois policiais ficaram feridos e 17 pessoas foram detidas ontem.
Na Declaração de Sydney, os dirigentes reiteraram “a importância de melhorar a eficiência no uso da energia em toda a região do Apec, para reduzir a intensidade energética em pelo menos 25% até 2030”. A intensidade energética é a relação entre o consumo de energia e o Produto Interno Bruto (PIB). O documento foi aprovado pelos líderes com caráter de urgência para que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pudesse assiná-lo antes de voltar a Washington.
Segundo a proposta da Austrália – que, assim como os Estados Unidos, assinou mas não ratificou o Protocolo de Kioto –, se o objetivo for alcançado, será possível “armazenar cerca de 1,4 bilhão de toneladas de dióxido de carbono (CO2), o equivalente, aproximadamente, a 11% das emissões globais” por ano.
A declaração foi assinada após quatro dias de intensas negociações entre as 21 delegações do grupo. O objetivo era alcançar um pacto conveniente para as economias industrializadas, como as da Austrália e dos EUA, e para as menos desenvolvidas, como a Indonésia. No entanto, segundo a porta-voz do Greenpeace em matéria de energia, Catherine Fitzpatrick, a declaração “é papel molhado e não inclui nenhuma ação real”.
(EFE/
Correio da Bahia, 09/09/2007)