Os peixes que vivem próximos às barras de Imbé e Torres, no Litoral gaúcho, podem estar sendo contaminados por derramamento de óleo provocado pelas embarcações que circulam por ali freqüentemente. A pesquisadora da UFRGS, Vanessa Andrade, está desenvolvendo sua tese de doutorado em função do monitoramento nesses locais, que, segundo ela, sofrem também com o uso de agrotóxicos das lavouras em torno da Lagoa em Imbé. O monitoramento ainda está em fase inicial e previsto para ter continuidade após a temporada, quando Vanessa e outros biólogos da universidade tentarão fazer uma dosagem com os golfinhos.-A nossa intenção é fazer algo parecido com que é feito nas Baleias-Francas em Santa Catarina, através da coleta de tecido, argumenta. Essa dosagem servirá para avaliar o grau de acúmulo de metais e hidrocarbonetos na gordura desses animais. O Ceclimar, museu de animais marinhos de Imbé, parceiro do projeto, tem verificado constantemente que muitos peixes, principalmente bagres e tainhas, que vivem no fundo do rio, estão contaminados por esses elementos.