O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retomou, neste fim de semana, sua agenda de viagens ao exterior. Ele deve chegar à meia-noite (18h, no horário local) a Helsinque, na Finlândia, iniciando visitas ao norte europeu. Um dois eixos da viagem é a apresentação do programa de biocombustíveis em uma das regiões de maior consciência ambiental do planeta.
Lula tem participação marcada para segunda-feira (10/09) no encerramento do Seminário Empresarial Brasil-Finlândia sobre oportunidade de investimentos no Brasil. O foco econômico da visita presidencial ao país, segundo o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), será justamente a atração de novos investimentos para o setor produtivo brasileiro, com transferência de tecnologia.
Papel e celulose, telecomunicações, energia, metalurgia e mineração são os setores que mais interessam às empresas finlandesas, segundo o Departamento de Promoção Comercial do ministério.
O fluxo comercial entre Brasil e Finlândia foi de US$ 943,64 milhões em 2006, com saldo negativo para o Brasil de US$ 24 milhões. Há 43 empresas finlandesas em atuação no mercado brasileiro, com um estoque de investimentos de US$ 1,65 bilhão. Metade dessas empresas investe na área produtiva e de pesquisa.
Durante a visita de Lula à Finlândia, está acertada a assinatura, por autoridades dos dois países, de memorando de entendimento na área de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), ligado ao Protocolo de Kyoto. Pela agenda, as autoridades também tratarão de candidaturas mútuas a organismos internacionais e repassarão, ainda, questões multilaterais como Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, negociações entre Mercosul e União Européia, reforma na Organização das Nações Unidas (ONU) e Rodada Doha da Organização Mundial de Comércio (OMC).
Amanhã, antes de participar do seminário empresarial, o presidente Lula terá um encontro reservado com presidente do país, Tarja Halonen.
Depois da Finlândia, Lula segue para Suécia, Dinamarca e Noruega, nesta ordem. É o primeiro presidente da República do Brasil a visitar os quatro países nórdicos.
Em Estocolomo, na Suécia, em Copenhague, na Dinamarca, e Oslo, na Noruega, autoridades do governo também deverão assinar memorandos de entendimento.
(Por Ana Paula Marra e Mylena Fiori, Agência Brasil, 09/09/2007)