As construções da Usina Salto Pilão, no Rio Itajaí-Açu, e da Foz do Chapecó, no Rio Uruguai, são dois exemplos de que o Estado de Santa Catarina também é uma excelente área para investimentos pesados na área de infra-estrutura. Juntos, os dois empreendimentos totalizam quase R$ 3 bilhões, sendo R$ 2,2 bilhões na Foz do Chapecó.
Enquanto a construção da Salto Pilão beneficia a economia de Lontras, Apiúna e Ibirama, no Alto Vale, em Águas do Chapecó o município comemora a contratação de quase dois mil operários para a Foz do Chapecó. É a geração de energia trazendo dividendos para SC.
Na outra ponta, a Celesc trabalha para que os investidores não enfrentem riscos de falta de energia, principalmente os que ainda pretendem se instalar no Estado. Na próxima terça-feira, o diretor Técnico da Celesc, Eduardo Sitonio, vai a Brasília para negociar a liberação da instalação de uma nova subestação para atender a região Norte do Estado em caráter de emergência junto ao Ministério das Minas e Energia. Somente nos últimos dois anos, em virtude dos investimentos como o terminal de contêineres de Itapoá, o primeiro totalmente privado do país e orçado em US$ 100 milhões, o consumo tem crescido em média 14% ao ano.
- Isto é índice comparável à China - comemorou, recentemente, o governador Luiz Henrique da Silveira ao ser informado sobre o crescimento da região.
Sitonio conta que a subestação está orçada em R$ 100 milhões e deverá ter uma capacidade para 300 megawatts. A subestação que atende Florianópolis, por exemplo, hoje tem capacidade para 170 megawatts.
- Temos percebido uma mudança na característica do consumo em SC, com uma migração cada vez maior para o perfil da demanda industrial - explica.
(Diário Catarinense, 09/09/2007)