Pressionados por autoridades locais, os movimentos e organizações sociais de Paragominas (PA) foram obrigados a cancelar o plebiscito sobre a privatização da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) na cidade. Os militantes não puderam sair com as urnas para as ruas, conforme denunciam as lideranças dos movimentos sociais, por pressão e ameaças da prefeitura e de elites locais contra a Igreja, que apóia o plebiscito no município.
- Um grupo interno, do conselho administrativo da igreja, formado por empresários, do ramo da serraria, está pressionando a Igreja para que o plebiscito silencie. Não admitem qualquer ato contra a privatização da Vale do Rio Doce e argumentam que a Igreja prejudica a Vale, a principal parceira da prefeitura - denuncia José Alves, membro de uma organização.
De acordo com os movimentos sociais de Paragominas, à medida que o plebiscito popular encontra eco na população, multiplica as urnas e as suas vozes, a estratégia dos adversário do movimento é o caminho da repressão.
(O Globo, 07/09/2007)