Os 21 países do Apec (Fórum de Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico) chegaram a um acordo sobre a mudança climática hoje para incluir na declaração conjunta dos chefes de Estado e de governo no final da cúpula, que começa amanhã (08/09).
O acordo aproxima as posições entre países desenvolvidos e emergentes e, apesar de não ser de cumprimento obrigatório, estabelece objetivos para reduzir o uso de energia.
A proposta, ao contrário da minuta anterior, admite que a ONU seja o espaço adequado para discutir e dirigir a luta para conter os efeitos da mudança climática.
O texto, que requerer aprovação dos estadistas por unanimidade, também acolhe a proposta australiana de melhorar a eficiência energética em 25% até 2030.
A mudança climática foi incluída pela primeira vez na pauta do fórum como um dos assuntos mais importantes após a Austrália, a anfitriã da reunião, propor a aprovação de um documento batizado como Declaração de Sydney.
A proposta australiana foi motivo de forte controvérsia por não estabelecer objetivos concretos na redução de emissões de gases poluentes e por propor unicamente o que chama de "ambições". Dizia ainda que todos os países, os mais e os menos desenvolvidos, deveriam se comprometer igualmente a melhorar o uso e o transporte eficiente da energia, algo que acabou ficando de fora do documento.
A China foi um dos membros do Apec que mais pressionaram para respeitar a liderança da ONU na questão. O espaço ideal para tratar do assunto, defendeu a delegação chinesa, será a Conferência da ONU sobre a Mudança Climática, a ser realizada na ilha indonésia de Bali em dezembro. Espera-se que na ocasião haja avanços nos compromissos do Protocolo de Kyoto.
A China é um dos países signatários do Protocolo de Kyoto, mas não a Austrália nem os Estados Unidos.
(Efe/Folha online, 07/09/2007)