A Aracruz está em entendimentos com o Ministério da Justiça e a Funai, buscando uma solução definitiva para a disputa de terras com comunidades indígenas do Espírito Santo. Os entendimentos foram propostos pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, que recebeu dirigentes da Aracruz para reunião em 28/8, em Brasília. A ampliação ainda requer homologação por decreto do presidente da República e a posterior demarcação das terras. Na reunião, os dirigentes da Aracruz destacaram o desejo da empresa em colocar um ponto final na disputa, que afeta não somente a companhia e as comunidades indígenas, mas também o Estado do Espírito Santo e o país. Salientaram que isso só poderá ser alcançado se a empresa obtiver segurança jurídica contra o risco de novas ampliações das reservas, assim como de proteção dos investimentos já realizados, manifestando sua intenção de que isso seja obtido pela via da negociação.
O ministro Tarso Genro destacou na reunião realizada em 28/8 que as preocupações da Aracruz são justas, e poderão ser atendidas pelo estabelecimento de mecanismos que não deixem espaço para novas ampliações das reservas, que assegurem a proteção de seus equipamentos e demais investimentos nas áreas e que possibilitem a retirada da madeira dos eucaliptos plantados pela Aracruz. Afirmou, ainda, que o estabelecimento destes mecanismos poderá ser feito por meio de um acordo entre as partes envolvidas e que o Ministério da Justiça e a Funai terão papel ativo no estabelecimento deste acordo. Genro afirmou que a Aracruz não expulsou comunidades indígenas das áreas, não tendo cometido qualquer ilegalidade associada à aquisição e uso das terras, e elogiou o bom nível de entendimento que sempre foi mantido entre a empresa, o Ministério da Justiça e a Funai. "A Aracruz agiu dentro dos limites legais que o Estado lhe permitia, exercendo com competência e profissionalismo suas atividades", declarou o ministro via imprensa.
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Aracruz, 05/09/2007)