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influenza gripe
2007-09-06
As aves domesticas transmitiram o mortal vírus da gripe aviaria às espécies silvestres, segundo especialistas reunidos na capital da Tailândia para troca de informações sobre a enfermidade. Antes, supunha-se que o vírus seguia o caminho inverso, mas as pesquisas sobre os mecanismos de transmissão não apresentaram resultados terminantes. Portanto, ficou suspenso, neste caso, o arraigado principio geral da ciência pelo qual somente devem ser considerados os estudos que apresentem um resultado positivo.

O novo enfoque, segundo os especialistas, tem sua origem na falta de uma evidência clara para vincular as espécies silvestres com os casos de gripe aviária que afeta também as aves domesticas. Porém, a teoria não havia progredido pelo pré-julgamento dos cientistas contra os estudos que apresentam resultados negativos. “A natureza da ciência está na descoberta, em encontrar algo positivo e concreto. Não há previsões para provar que um resultado negativo pode ser correto”, disse o diretor da Rede Global para a Vigilância da Gripe Aviária, William Karesh.

Quando se enfrenta uma sucessão de resultados negativos, “os cientistas não os publicam em uma revista especializada”, afirmou Karesh. A tradição indica que somente são divulgadas as descobertas. “Enfrentamos um caso interessante”, disse, por sua vez, Scott Newman, especialista da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). “Os resultados positivos são importantes para compreender a ecologia da doença. Mas, neste caso, a ausência de resultados está contribuindo para a entendermos melhor”, acrescentou.

Fica difícil ignorar os fatos, admitiram os especialistas na primeira jornada de uma conferência de três dias que acontece em Bangcoc para intercâmbio de informação sobre o papel das aves silvestres na difusão da gripe aviária, com a presença de representantes de 12 países da Ásia, a região mais afetada pela enfermidade. Embora os informes sobre resultados negativos “sejam fascinantes”, segundo Karesh, quase nenhuma de suas conclusões será publicada nas revistas científicas.

De acordo com o informe da FAO, “mais de 350 mil mostras de aves silvestres da América, África, Ásia e Europa, analisadas entre 2005 e 2007, estavam livres do vírus. Apenas uns poucos estudos deram positivo (em colibris e uns poucos patos) em apenas um lugar”. “Não encontramos uma reserva desta doença em aves silvestres”, disse Newman em entrevista coletiva. Mas, existe crescente evidência de que as aves silvestres “são, de fato, as vítimas”, acrescentou, referindo-se a casos em que espécies migratórias acabaram infectadas em granjas e grandes estabelecimentos avícolas. “O vírus pode se alojar nelas desta forma, por contágio com aves domésticas”, acrescentou.

Os espécimes silvestres mortos por causa do vírus H5N1 pertencem a três categorias, diz o estudo da FAO. Trata-se de aves aquáticas migratórias, espécies “ponte” não migratórias mas que “podem ter um papel transportando a doença das aves domésticas para as silvestres” e predadoras, que “muito provavelmente se contagiaram por comerem carne de pássaros doentes”. Os especialistas pensam que esta evidência desafiará a crença tradicional de que as aves silvestres provocaram o foco de gripe aviária iniciado no sudeste da Ásia no inverno de 2003, e que estas espécies continuam sendo responsáveis por sua propagação. “Não devemos culpá-las nem matá-las para deter a doença”, disse Newman. “A FAO acredita que o esforço deve se concentrar no setor agrícola e nas granjas”.

A FAO considera que a difusão do vírus pode originar-se no movimento de aves domésticas e produtos de granja no mercado aberto e não regulado, tanto dentro de um país quanto através das fronteiras. Foram identificadas medidas de biossegurança deficientes na região asiática como outro fator que explica a expansão da doença. Desde que teve início o foco de gripo aviária, cerca de 150 milhões de patos e outras espécies de aves domésticas foram sacrificadas seletivamente como resposta à propagação do vírus. Em 12 países, 320 pessoas foram contagiadas e 193 morreram. O país mais afetado foi a Indonésia.
(Por Marwaan Macan-Markar, IPS, 05/09/2007)



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