Enquanto a comunidade só quer a garantia de água potável saindo de suas torneiras, parecendo estar pouco preocupada com quem vai administrar o serviço, o prefeito Marlon Santos, seus conselheiros informais, os vereadores e profissionais envolvidos no processo de terceirização do abastecimento de água e tratamento de esgoto discutem o que é melhor para Cachoeira do Sul. O tema vem repercutindo há mais de dois meses, desde quando Marlon começou a negociar com a Corsan a renovação de seu contrato no município. A proposta da estatal não foi aceita e se iniciou um debate que trata do futuro da água e do esgoto em Cachoeira.
Nas últimas sessões da Câmara, o foco das atenções dos vereadores têm sido as idéias de Marlon para a água e esgoto na cidade. Cinco vereadores que viajaram com o prefeito a Santa Catarina para conhecerem serviços de água e esgoto municipalizados e terceirizados voltam certos de que romper com a Corsan é o melhor caminho. O tucano Leandro Balardin fez segunda-feira um relato da viagem, mostrando fotos do que ele citou como sendo estações de tratamento de água e esgoto modernas. “Vimos excelentes exemplos de gerenciamento de água e esgoto”, resumiu o vereador do PSDB.
ContratoJá o parlamentar Luciano Figueiró (PMDB) avaliou na tribuna a audiência pública sobre o futuro da água. Favorável à renovação com a Corsan, Figueiró entende que o prefeito não toca adiante a proposta de terceirizar o serviço “porque sabe que o contrato da Prefeitura com a Corsan tem validade”. Outro vereador contra a municipalização da água, Valdocir Marques, do DEM, mesmo partido do prefeito, afirmou que o Município não vai tirar a Corsan de Cachoeira “na mão grande”, cobrando que o Executivo ouça a comunidade sobre o tema.
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Jornal do Povo, 05/09/2007)