A governadora Yeda Crusius assinou ontem os primeiros contratos de financiamento com a Caixa Econômica Federal (CEF) com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Saneamento para obras da Corsan em 13 municípios, no valor de R$ 80 milhões. Desse total, R$ 72 milhões são do PAC e os R$ 8 milhões restantes, contrapartida da Corsan.

As obras de ampliação de sistemas de abastecimento de água tratada estão avaliadas em R$ 21 milhões e serão realizadas nas cidades de Arroio do Meio, Cachoeirinha, Carlos Barbosa, Encantado, Gravataí, São Sepé, Sapiranga, Tramandaí e Viamão. Cerca de 70% dos recursos (R$ 59,3 milhões) serão aplicados em esgotos sanitários em quatro municípios, beneficiando 54 mil habitantes: Capão da Canoa, Passo Fundo, Rio Grande e Santa Cruz do Sul.

O secretário estadual de Habitação, Saneamento e Desenvolvimento Urbano, Marco Alba, disse que esses recursos, com financiamento da CEF, fazem parte dos investimentos que a Corsan realizará nos próximos três anos, no montante de R$ 1,3 bilhão. 'Esses são os primeiros projetos que foram habilitados pelo Ministério das Cidades', frisou o secretário. O diretor presidente da Corsan, Mário Freitas, salientou que há dez anos a empresa não assinava qualquer financiamento para investimentos. 'Cerca de 100 editais de licitação deverão ser lançados para executar esse conjunto de obras. Os primeiros devem ser publicados amanhã (hoje) no Diário Oficial do Estado', destacou.

O superintendente regional em exercício da CEF/RS, Rubem Danilo, afirmou que os recursos, provenientes do FGTS, já estão disponíveis na Caixa. 'A liberação será feita por etapas, conforme o andamento do projeto', afirmou Danilo. O superintendente disse ainda que os técnicos da CEF estão analisando outros projetos para aplicação dos recursos do PAC do Saneamento. 'Já estão reservados mais R$ 160 milhões para novos projetos', adiantou.


Investimentos do PAC

Obras nos sistemas de abastecimento de água:
Arroio do Meio (R$ 464 mil): um reservatório elevado de 250 metros cúbicos, um reservatório apoiado metálico de 100 metros cúbicos e uma adutora com 1,8 mil metros de extensão.

Cachoeirinha (R$ 1,4 milhão): um reservatório apoiado de 5 mil metros cúbicos e uma estação de bombeamento.

Carlos Barbosa (R$ 348 mil): um reservatório apoiado de 500 metros cúbicos.

Encantado (R$ 4 milhões): três reservatórios apoiados, um de 200 metros cúbicos, outro de 500 metros cúbicos e o terceiro, de mil metros cúbicos; rede de distribuição de 16 km de extensão, uma elevatória e obras complementares.

Gravataí (R$ 3,4 milhões): dois reservatórios apoiados de 5 mil e mil metros cúbicos, uma estação de bombeamento e uma adutora com 5.820 metros de extensão.

São Sepé (R$ 580 mil): um reservatório elevado de 500 metros cúbicos e uma rede de distribuição com 800 metros de extensão.

Sapiranga (R$ 3,4 milhões): um reservatório apoiado de 500 metros cúbicos, uma rede de distribuição com 8.710 metros de extensão e uma adutora com 6.510 metros de extensão.

Tramandaí (R$ 5,3 milhões): três reservatórios elevados de 500 metros cúbicos cada, uma rede de distribuição com 4,6 mil metros de extensão e uma adutora com 6.275 metros de extensão.

Viamão (R$ 1,8 milhão): um reservatório elevado de 500 metros cúbicos, uma estação de bombeamento e uma adutora com 1.506 metros de extensão.

Obras nos sistemas de coleta e tratamento de esgotos:
Capão da Canoa (R$ 15,7 milhões): rede coletora de esgotos, emissário por recalque com 1.840 metros de extensão, estações elevatórias de esgotos, estação de tratamento de esgoto e ligações prediais.

Passo Fundo (R$ 15 milhões): rede coletora de esgotos e interceptores com 21.967 metros de extensão, estação elevatória de esgotos, emissário por recalque com 185 metros de extensão, estação de tratamento de esgotos e ligações prediais.

Rio Grande (R$ 20,1 milhões): rede coletora de esgotos e interceptores, estações elevatórias de esgotos, emissários por recalque, estação de tratamento de esgotos e ligações prediais.

Santa Cruz do Sul (R$ 8,5 milhões): rede coletora de esgotos e interceptores e ligações prediais.

(Correio do Povo, 05/09/2007)