Os grandes incêndios que destruíram 200 mil hectares na Grécia ao longo de 11 dias e levaram à morte de 65 pessoas foram controlados nesta terça-feira (4/09), declararam as equipes de bombeiros. Mas enquanto as equipes de ajuda internacional começavam a se retirar do país, cerca de duas mil pessoas participavam de protesto em Atenas.
No segundo grande protesto realizado desde o início da crise, os manifestantes acusavam o governo de permitir incêndios criminosos, cujo objetivo seria abrir caminho para construções em áreas hoje ocupadas por florestas.
- Nós queremos parar os políticos criminosos que põem os lucros acima da vida humana e do meio ambiente - disse a professora Thanassis Kourkoulas, que participava da marcha em Atenas.
Os incêndios que começaram a castigar a Grécia no dia 24 de agosto deixaram milhares de desabrigados, destruíram vilarejos inteiros e transformaram florestas em cinzas. O governo conservador do país enfrentou duras críticas por sua condução da crise, apenas semanas antes da próxima eleição parlamentar.
- Nós estamos aqui para mostrar nossa raiva contra o governo pela ausência de uma política de proteção das florestas - disse outro professor, Sotiris Martolis.
Nas últimas 24 horas, 35 novos focos foram extintos com sucesso pelos bombeiros na ilha de Cefalônia e Corfu. As montanhas de Tayetos e Parnonos, na Península do Peloponeso, seguem sob vigilância pelo perigo de as chamas voltarem a ganhar força. Durante os incêndios, 17 países contribuíram por ar e por terra nos trabalhos de combate às chamas na Grécia, incluindo quatro aviões espanhóis.
(
O Globo Online, 04/09/2007)