O crescimento nas emissões globais do dióxido de carbono, que aprisiona o calor gerando o efeito estufa, desacelerou levemente no ano passado, sugerem dados preliminares do Centro de Análise das Informações sobre o Dióxido de Carbono (CDIAC na sigla em inglês). O norte-americano CDIAC é a principal fonte do Departamento de Energia do país para dados sobre as mudanças climáticas e análise dessas informações. Em outras oportunidades, as estimativas preliminares sobre o volume gás carbônico emitido acabaram sendo revisadas para patamares superiores.
"É sempre complicado dar importância excessiva ao último número de uma série. Esse é sempre o número mais sujeito a alterações", afirmou Gregg Marland, cientista sênior do CDIAC e membro do Instituto Internacional para os Sistemas Aplicados de Análise, um órgão da Áustria. Marland disse à Reuters que o dados mais recentes do CDIAC, ainda não divulgados, mostravam que as emissões de carbono vindas da queima de combustíveis fósseis, da fabricação de cimento e do consumo de gás natural cresceram 2,6 por cento em 2006, contra 3,3 por cento no ano anterior.
Em 2004 e 2003, o volume das emissões aumentou 5,4 e 4,7 por cento, respectivamente. A quantidade de gás carbônico lançada na atmosfera continua a crescer especialmente porque países como a China e a Índia estão alimentando seu agressivo crescimento econômico com a queima de quantidades crescentes de carvão.
O dióxido de carbono é o mais comum dos vários gases do efeito estufa produzidos pela humanidade e aparece como resultado da queima de combustíveis fósseis. Dirigentes de países da Ásia e do Pacífico se reúnem nesta semana para o encontro anual da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec), onde devem debater questões relativas ao comércio internacional e ao clima.
(Por Gerard Wynn,
Reuters, 04/09/2007)