Teve início nesta segunda-feira (03/09), em Madri, na Espanha, a 8ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidadas para Combate à Desertificação (UNCCD), a COP-8. No encontro, o Brasil e os demais países que integram o Mercosul (Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela) apresentam estratégias do bloco regional para integrar e harmonizar ações de combate à desertificação, a degradação da terra e os efeitos da seca. Integrantes da Coordenação Técnica de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente (MMA) compõem a delegação brasileira que participa da COP-8, cujo encerramento será no dia 14 de setembro.
As estratégias do Mercosul foram debatidas em diversas reuniões do bloco regional nos últimos meses. A aprovação do documento, que é composto por essas estratégias, deu-se na VI Reunião de Ministros do Meio Ambiente do Mercosul, realizada em junho último, em Assunção, no Paraguai.
Com a apresentação do documento à COP-8, os países do Mercosul pretendem, sobretudo, conseguir apoio técnico e financeiro da UNCCD para a implementação de um plano regional de combate à deserficação. Ao todo, os países buscam oito resultados a partir desse documento. Entre eles, está a adoção de uma plataforma de cooperação internacional por meio de agências de cooperação internacionais. Atualmente, o Mercosul conta com o apoio da Agência de Cooperação Alemã (GTZ).
O manejo sustentável é outro resultado que os países pretendem alcançar com as estratégias. No documento do Mercosul, defende-se a implementação de um programa de "ação subregional de combate à desertificação, incluindo um modelo de gestão orientado ao manejo sustentável que contemple um sistema de informação, um manual de boa prática, mecanismos de incentivo, sistema de monitoramento e uma rede de locais com experiências exitosas".
(Por Adriano Ceolin, Ascom MMA, 04/09/2007)