Queimadas fora de
controle ameaçam os moradores do Maranhão e a floresta amazônica. O fogo já
matou cerca de 170 animais em uma fazenda e atingiu 40 casas em um povoado em
Colinas (MA).
Os incêndios colocam em risco o fornecimento de energia para mais de um milhão
de pessoas na capital, aumentam o perigo nas rodovias à noite e arrasam
plantações de pequenos agricultores no estado. O fogo destrói as reservas
legais entre as lavouras de soja e assusta os animais silvestres no Sul do
Maranhão.
As chamas ameaçam os monumentos de arenito, as nascentes e cachoeiras da
região. Uma das maneiras de proteger as nascentes é abrindo aceiros no cerrado.
Os brigadistas abrem clareiras na vegetação para impedir a passagem do fogo.
Os satélites flagraram 768 focos de calor em agosto, um dos meses mais quentes
do ano. A defesa civil emitiu alerta para a baixa umidade do ar no sudoeste do
estado. As taxas na região estão abaixo de 30%, um clima de deserto em pleno
cerrado.