A Petrobras iniciou nesta terça-feira (04/09) a construção da Refinaria de Petróleo Abreu e Lima, no Complexo Industrial e Portuário de Suape, na região metropolitana de Recife. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva; o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli; o ministro interino de Minas e Energia, Nelson Moreira, e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, debaixo de uma chuva intensa, subiram no trator que deu início às obras de terraplanagem do terreno.
O gerente-geral da refinaria, Ricardo Barreto, explicou que a terraplenagem do terreno, de 630 hectares, vai durar um ano e meio. Nesse período, serão contratados 1.100 profissionais para operarem máquinas, tratores e caminhões, além de serviços de jardinagem.
A refinaria terá capacidade de processar 200 mil barris de petróleo por dia, e vai atender o crescimento da demanda de derivados de petróleo no Nordeste, principalmente de óleo diesel.
”Há um mercado crescente que está sendo suprido por importação de 150 mil barris por dia, a um custo de U$ 80 a U$ 90 por barril. Isso demonstra a viabilidade tanto técnica, quanto econômica, da instalação de uma refinaria na região Nordeste, em um local que agrega todas as condições necessárias para o sucesso do empreendimento”, explicou Barreto.
O gerente informou que a Petrobras enviou a PDVSA – estatal de petróleo da Venezuela, convidada para ser parceira no empreendimento - uma minuta estabelecendo os detalhes para formação da sociedade e ainda aguarda a aprovação do documento.
O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, assegurou, no entanto, que o projeto será tocado com a Venezuela, a um custo US$ 4 bilhões.
O presidente da estatal brasileira, Sérgio Gabrielli, informou que a refinaria tem prazo de construção de três anos e é de importância fundamental não apenas no suprimento de combustíveis para o mercado do Nordeste, mas sobretudo no que se refere ao desenvolvimento econômico de uma região carente de investimentos.
“Nós pretendemos com o projeto auxiliar ainda mais na estruturação da economia nordestina. A intenção é beneficiar um mercado que é suprido por importações, permitindo uma maior integração com a agricultura regional, favorecendo o desenvolvimento de uma série de indústrias para atender os serviços necessários à refinaria, gerando milhares de empregos na construção e sustentação", declarou.
(Por Marcia Wonghon, Agência Brasil, 04/09/2007)